ESQUELETOS

PARTE 1

VERSO:

Como cascata
O pensamento flui
Me atropela
Vou pintar de cores vividas
A minha tela
Cada formato
Cada imperfeição
Do meu ser
Extrair a cor com o x-ato
O que me apetecer
Porque isto é rap de sangue
Suor e lagrimas
De muitas paginas rasgadas em vão
Noites nostálgicas
Sentimento de claridade
Quando exponho
Exatamente o que quero
Nos sons que componho
E recomponho-me
Poeta de sonho
Que não encontra a paz
Longe do sonho
Jogos da fome chegam
E еu preparo-me
Porque chavalos tão еsfomeados
Por versos que os façam sentir algo
Esqueletos no meu armário
Deixam o meu futuro atordoado
O caminho parece tão simples
Sou eu que o torna complicado
Persona no grata, sempre a sentir-me magoado
Ya, Ya, o que diz o meu fado?

VERSO 2:

All black, 3 da manhã
Pensam que sou a morte
Manos rezam a mil santos
Para aumentar a sua sorte
Eu passo tranquilo, já nada me stressa
Cada memoria encaixa no meu psíquico
Como peças de puzzle
Não me ajuda, no hustle que perdura
Wassup? Cala a puta, e a alma obscura
No sexo, é kamasutra
Eu calmo, não entro em lutas
Mas capaz de partir uns dentes
Se essa preferência for a tua
Diz-me outro na margem sul
Com work ethic como esta?
Faço álbuns em meses, conceitos definidos
Cheios de arestas
Teu trabalho não presta
Preso na toca, e esta?
Escravo de mim próprio, posso bazar
Mas o Estocolmo já pesa

PARTE 2

VERSO

Manda calar quem te manda calar (x2)

E um fuck para esses motherfuckers
Fala bué da merda
Eu tou aqui a chillar
A manter com os rapazes
Faço merdas que gosto
Não quero saber da vossa cena
Do vossa opinião
Dos vossos gostos
Eu, ya, eu
Tou no Limbo, entre duas margens
Dois caminhos por escolher
Dá-me esses dois comprimidos
Eu tomo os dois
Agora vejo tudo sem ver
(Sem ver motherfucker!)
Isso é Freestyle, é liberdade
Não chegaste ao meu patamar
Tenho esqueletos no meu armário, mas...
Tenho esqueletos no meu armário
E vou enterra-los hoje
(Tenho muitos por onde escolher, motherfucker!)
Peso nas costas, mas tenho de continuar

Manda calar quem te manda calar