[Verso 1]
Há merdas que se eu não escrevo
Ficam perdidas para sempre
O que ficar ficou sou menos do que o que vou dizendo
Fica atento
Enquanto ela fica ver te
Reflete num olhar tas a olhar para ti mesmo
Custa querer e não ter , ver a dois metros
Netos
Não sei viver mas espero
Eternamente um dia vê-los
Ou internamente um dia deste
E vivo como um louco desses abatido por um tiro
Dum sedativo
Eu tou me lixar! E neste mundo isso é luxúria
O que é que vais fazer bro? Só mais uma
Tu fica a ver a bola que eu fico ver a lua
Deitado nestas nuvens
Vi as luzes ao fundo da rua
Eu vi a tua alma tava nua
Deitada na minha palma
Deixei te claro que Esta via é escura
E flutua
Cada um com a suas pancas
Só danças , não voas
Lembranças são ondas
Boas? Nem todas
Sa foda, é resposta
Para muito nesta porra
Uma salva de palmas para a alma mais louca
Olá Lisboa
Vim dar uma volta , pensar na vida
Viver sem pensar como ?
So eu sei o quanto pesa a minha
Duas pernas e uma crença
Tu sabes o que é amor e o que é doença
Tudo tem o seu valor e o que vês não é a beleza
Eu procurei na claridade e transparência
Ya eu tenho a culpa
Adormeço numa mesa
Não lembro da ultima , Música que deu
Humanos . Há os filhos da droga e os filhos de deus
Talvez um dia o teu filho cresça com o meu
Aprenda cedo o que seu pai nunca percebeu
[Verso 2]
Estas merdas que eu escrevo ficarão para sempre
O que ficar ficou morro mais do que o que vou vivendo
Sigo o tempo enquanto ela fica a ver me
Meu reflexo é seu olhar, é muito mais do que mereço
Justo é ser e não ter correr os cem metros
Sem métodos
Não sou avô mas espero um dia espero sê-lo
Ou
Enterra me um dia destes
E deixa me ser livre com tu sempre quiseste