Entrevista no Inferno by Detentos do Rap
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Entrevista no Inferno

Detentos do Rap * Track #2 On Quebrando as Algemas do Preconceito

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Entrevista no Inferno by Detentos do Rap

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Detentos do Rap
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Na segunda faixa, buscando estabelecer as ideias do álbum, Mano Reco estrutura sua rima para dar respostas à uma entrevistadora, mostrando seu ponto de vista de detento sobre diversos assuntos: como imagina que as pessoas o veem, a vida de um rapper encarcerado e, principalmente, a vida dentro da pr...

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Entrevista no Inferno Lyrics

[Intro - Diálogo: Mano Reco & Entrevistadora]
- Estamos aqui no complexo carcerário Carandiru, a maior casa de detenção da América Latina. Segundo a determinação da justiça, está havendo a desativação de um dos pavilhões da casa de detenção. Aproveitando a oportunidade, vamos tentar falar com um dos detentos. É... Por favor
- Pode ligar, dona
- Você acha que após cumprir pena aqui na casa de detenção, um detento é capaz de se reintegrar na sociedade?
- Eu acredito na recuperação do ser humano, porque não?
- Como você acha ser visto aos olhos da sociedade?
- Hahaha, na sociedade, veja só como e quem eu sou

[Verso: Mano Reco & Entrevistadora]
Eu sou seu pesadelo, sou medo, sou vício
Sou aquela bala em direção do seu ouvido
A neblina e a maldade que surge na calada
Guerreiro da favela, o terror da playboyzada
A morte que surge que vem do cemitério
Violentamente nos bairros periféricos
O próprio terror corrompendo seu cérebro
Brinda sua alma, eu levo pro inferno
Um anjo que te guia em cada canto da cidade
Violentamente, o mensageiro da verdade
Com a sua maneira de pensar, eu invado sua mente
Seu corpo, a sua alma, o sangue e a corrente
Vocês não sabe quem eu sou, não tente adivinhar
Protegido por Jesus, a luz que me guia
Pra quem não me conhece, eles vão me apresentar
Como um pesadelo que agora está no ar
- Mas e essas ordens?
Psicopata na rima, incho nas batidas
Esses cana que passa por cima
Uma ferida que não cicatriza
Uma parada cardíaca, vou pro coração
Com pulmão perfurado, revolucionário
Eu sou do rap, eu sou da rua, rap nacional
Venho das muralhas no estilo marginal
Eu sou duro e realista e pra mim tá legal
Eu faço parte da favela, r-a-p nacional
Fui um pesadelo que assombrou as madrugadas
Hoje um MC considerado na quebrada
- Será que você poderia nos acompanhar até uma das celas? Gostaríamos de saber como é o cotidiano dos detentos
Gostaríamos de ver o que acontece aqui no dia a dia
Vem junto comigo, seja bem vindo no inferno, minha amiga
A palestra é deduzida
Mais com muito respeito um bom malandro nunca falha
Sujeito é sujeito, o lema é respeito
Fique a vontade no reino maldito
Caráter, disposição, desconversou ficou esquisito
Só criminoso malaca e os papo literários
Da cena do crime assassinato e assalto
- O que te levou ao crime?
Tensão, pânico, ar de maldade
Desespero, terror, atrito e crueldade
- Como foi o processo?
Um delito, um crime, um réu primário
No prontuário, o xis do cenário
- Qual foi a acusação?
Um intuito homicida no inquérito policial
Era eu e o martelo e o código penal
- Me fala um pouco sobre a sobrevivência aqui dentro?
Em LA na cela, no pátio ou na 10
Saiu do tom é arrastado pelos pés
Assassinato, fato comum
Aqui, deu de louco morre um por um
Desespero, ódio, a cara da vingança
E aí, sujeito, é hora da cobrança
Detenção escola pra ladrão
De A a Z, diplomado então
É horrível a sensação acredite é foda
Até em sonho a trairagem te aborda
E te lava pro lado escuro da vida
Subtrai a paz e produz um homicida
- Mas então você mataria pra sobreviver?
Na rota do inimigo vou eu e a morte
Pra escapar, esquece, nem tendo sorte
Não há apelo, o ódio esta guardado
No sim ou não, me faz atormentado
Tô com a maldade, então eu lamento
Vou ser lágrima da mãe de um detento
Uma família menos sem dia de visita
Um olho a menos em cima da minha mina
Dar o milho é como puxar o gatilho
Exemplificando: vai pro céu pianinho
Se não foi eu, que se foda quem morreu
Não tem valor, quem o respeito esqueceu
A minha cara, dona, é a liberação
Eu tô no corre pra sair da detenção
De onça em onça, eu quero ver chegar
Um cara engravatado com o meu alvará
Enquanto isso não acontece tenho que representar
Quero volta pra harmonia do lar
Um milhão de rimas vão me levando
Escreve aí, estou voltando

[Saída]
- O que você aprendeu com tudo isso?
- O aprendizado? É que...
- Vai, vai ladrão, vamo pro bonde
- Espera aí, só mais uma pergunta
- Cê já falou demais, dona, ele tá indo de bonde
- Bom, encerramos dessa forma nossa reportagem diretamente do complexo carcerário Carandiru, a maior casa de detenção...

Entrevista no Inferno Q&A

Who wrote Entrevista no Inferno's ?

Entrevista no Inferno was written by Mano Reco.

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