“Encore” é o tema foi escolhido para promover o EP ao vivo com o mesmo nome. Sobre ele, Capicua escreveu o seguinte:
“Encore” é o tema que dá nome ao EP e tem um beat do D-One que quase entrou no Madrepérola. O poema que faz de refrão é um rascunho antigo que adaptei para as incríveis vozes de Joan...
[Refrão]
Hajam ombros para chorar os desencontros
Hajam escombros para erguer nos reencontros
Hajam tantos, hajam poucos, hajam nós e fios soltos
Mas que nada nada fique por viver
Hajam prantos, gritos, roucos
Hajam tantos, hajam poucos, hajam nós e fios soltos
A faísca, o fumo, o fogo
Mas que a cama nunca fique a arrefecer
[Verso 1: Capicua]
Eles acham que eu tenho tudo sempre resolvido
E raramente me perguntam se preciso de um amigo
Meu, eu tou num turbilhão
Minha cabeça corre
Eu tenho o coração no dele
Enquanto o resto morre
Eu sempre quis isto
Sempre, sempre disse isso
Sem ser pieguice, sem preguiça, eu preciso disto
Mas devia ter intuído pelo horóscopo
Entendido que a leveza implica muito músculo
Não nego, eu exagero, eu não quero mas discuto
Não tiro a mão do queixo
E queixo-me disto tudo
Não há culpa, sou adulta
O mundo arde, eu estou diferente
Essa disputa, meu desculpa
Mas morre no frente a frente
[Refrão]
Hajam santos para varrer algum conforto
Hajam barcos a sair do cais do Porto
Hajam sábios, livros, doutos
Hajam lábios livres, loucos
Mas que nada nada fique por dizer
Hajam prantos, gritos, roucos
Hajam tantos, hajam poucos
Hajam lábios livres loucos
A faísca, o fumo, o fogo
Mas que a cama nunca fique a arrefecer
[Verso 2: Capicua]
Eles acham que eu tenho tudo sempre organizado
E raramente me perguntam pelo presente, pelo passado
Meu, eu tou na matrescência
A consciência expande
Eu tenho o coração na luta
E a labuta é grande
É preciso tempo e espaço
Viver noutro compasso
É preciso olhar para o espelho, para conhecer os traços
Êxtase e liberdade
Poder perder-me na cidade
E inventar um recomeço propenso a cada idade
Assim se queres falar comigo, fala baixinho
É que ainda estou no puzzle, a colar os meus caquinhos
E se queres dançar comigo, vem
Chega-te a mim
Põe aquele som do Chico para beijar no fim
[Refrão]
Hajam ombros para chorar os desencontros
Haja escombros para erguer nos reencontros
Hajam tantos, hajam poucos, hajam nós e fios soltos
Mas que nada nada fique por viver
Hajam santos para pedir algum conforto
Hajam barcos a sair do cais do Porto
Hajam sábios, livros, doutos
Hajam lábios livres, loucos
Mas que nada nada fique por dizer
Hajam prantos, gritos, roucos
Hajam tantos, hajam poucos, hajam nós e fios soltos
A faísca, o fumo, o fogo
Mas que a cama nunca fique a arrefecer