[Refrão] 4x
Ela queria ter um cara
Com uma condição melhor
Pra viver...
[Verso 1]
Ela botou a menor saia e foi pro espelho se arrumar
Ele raciocinou qual corrente que ele ia usar
Ela nem disse tchau pra mãe, nem disse quando ia voltar
Ele nem tinha mãe, nem ninguém pra comunicar
Ela chamou um taxi, mas tava sem "dim" pra pagar
Ele saiu de Audi e falando no celular
Ela tentou xavecar o taxista pra barganhar
Ele desceu o banco, pôs um som, foi devagar
O taxista era fiel, mandou ela sair e andar
Ele desceu o morro com aquele brilho no olhar
Ela andou até cansar, mas o salto não quis tirar
Ele baixou o vidro, olhou pra ela e disse: "Olá!"
Ela sorriu pra ele, nem acreditou naquilo lá
Ele abriu a porta e disse: "Vem, vou te levar"
Ela tirou a sorte grande, não queria outro lugar
Ele tem carro, tem dinheiro, vamo lá!
[Refrão] 4x
[Verso 2]
Pelas ruas, ele acelerava e delirava
Entre as suas pernas a mão dela caminhava
As duas da matina no escuro como obstáculo
Cada poste era um holofote pro espetáculo
E ela nem sabia quem ele era
Sentava, pulava e dizia: "Vai, acelera!"
Moleque bom, né? De blusão e boné
De carrão, no radar dos polícia e das mulher
Um prato cheio era o que ela via
Homem rico nunca é feio ao olhar das vadia
Menina sem direção, sem informação, já tô ligado
Nem percebeu que tinha entrado num carro roubado
Um polícia enquadrou, olhou e pediu o documento
Ele disse: "Senhor, por favor, espere um momento"
Pegou a quadrada no porta-luva
Deu um tiro na cara do cara, acelerou e sumiu na curva
Ela chorava, pedia pra deixar ela descer
Ele deu um soco nela e mandou ela se foder
Os polícia na cola dele, o medo na alma dela
Um Audi e 3 viatura atrás dele pela viela
E ela, fechou o olho e fez uma oração
Pediu perdão, abriu a porta e pulou do carrão
Arrependida, com um braço quebrado
Viu quando o Audi foi esmagado por um caminhão
[Refrão]