Efémero

[Letra de "Efémero"]

[Verso 1]
Efemeridade de uma vida que por vezes sem
Qualquer saída sucedida entre o mal e o bem
Futilidade do tempo, perdido pelo vento
Que traz arrependimento mas também muita saudade
Julguei que heróis eram contos de verdade
Enrolado nos lençóis e sonhando de tenra idade
Mas a vontade foge com a realidade
Do meu lado honestidade e do outro hostilidade
P'ra que vaidade quando esta bem se paga
Em demasia até ao dia de voltar para a estaca zero
O mundo nem sempre é sincero
Muito menos como eu quero, num segundo dá o berro
Enquanto uns buscam a ilusão eu a enterro
Porque a desilusão é algo que já não tolero
Habituei-me ao adeus, antes da hora certa
Só eu e Deus sabemos quando a saudade aperta

[Refrão]
A vida é bruta, escuta, isso eu sei
Mas é tão curta p'ra magoar alguém
No que resulta a luta, isso eu não sei
Apenas sorri p'ra quem te quer bem

[Verso 2]
Quantos são os planos que somem no passar dos anos
Olhamos para quem somos, como estamos
E como um dia fomos
Como acordamos e vemos o quão mudamos mas não
Temos a visão por qual caminho vamos
E mesmo se cairmos, mais fortes nos levantamos
Que um dia possamos fazer com quem amamos
Tudo o que mais sonhamos, façamos disso rotina
E o peso que carregamos seja lição para a vida
Pois há sempre a solução, há sempre a saída
Por mais que digam que não, a força que motiva
É acordar para mais um dia e ver quem sempre caminhou
Do meu lado neste fado e o fardo que comigo suportou
Um obrigado a quem nunca me largou, eu sei
Quem não me deixou cair no buraco que eu cavei
Quantas vezes eu falhei, e se hoje aqui cheguei
Foi por olharem por mim quando nem eu acreditei

[Refrão]
A vida é bruta, escuta, isso eu sei
Mas é tão curta p'ra magoar alguém
No que resulta a luta, isso eu não sei
Apenas sorri p'ra quem te quer bem