[Verso 1: Cálculo]
Sou apaixonado pela vida pelo seu encanto
Pequenos detalhes pequenos retalhos, tudo faz sentido
Tantos e tão poucos, damos tudo e chamam-nos loucos na causa
De não perder o norte de não por tudo em causa
Ninguém escolhe a envergadura da cruz que carrega
Nem a insanidade a que este castigo nos leva
De ser um fatalista sem fatalidade
Nunca ter deixado morrer a verdade, de braço dado
Com ela morro feliz por ter provado
O doce sabor do amor e seu amargo trago
Este é o fado vitorioso do derrotado
Puro dotado do duro muro que, me mantem afastado
Caso fosse pelo resto nem sei o que seria, o que faria
Vazia culpa pela minha simpatia
E quem diria que ia doer tanto, fazia valer a dor
Conseguir amar o amor em todo o esplendor
A beleza da chama que consome o seu calor
A avareza na alma de quem guarda rancor
Esta dualidade que me mata ao viver
Sem bigamia, fiel, incontornável no ser!
[Refrão]
You can want it, you can want it
You can love, you can love
[Verso 2: Simple]
Sempre te dei tudo, nunca pedi nada
Também sei que escrevi certo numa linha errada
Um conto sem a fada onde afronto num confronto
Sem escudo nem espada
Pronto num ponto de encontro sem hora marcada, mas
Esta dualidade, dá e retira
E o que hoje é verdade, Amanhã já é mentira
Ventos de felicidade, tempestade de ira
Um coração que bate num corpo que não respira
Eu não desisto disto isto é tudo para mim
Existo nisto e nunca viste isto até ao fim
Música na mente, musicalmente
Música não mente, só um músico sente
O endividamento, viver dividido entre
O paraíso dum talento e o inferno dum sustento
Entro, atento ao tempo tento e concentro
O epicentro sismo dentro
Do meu corpo e a minha alma
Viaja pela insanidade sem perder a calma
Cicatrizes na palma avivam-me a memória
Motivam para (a) glória
Porque é facto que dos fracos não reza a história
[Refrão]
You can want it, you can want it
You can love, you can love
Dualidade was written by SimpLe (PRT) & Cálculo.
Dualidade was produced by Cálculo.