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[Verso 1: Qualy]
Acorrentado aos limites que eu próprio imponho
Finja que é um sonho
Pra que eu não precise me esforçar
Não vem me dizendo o que eu ando fazendo de besta
Não aderi a conceitos que falam
Que o homem sem aquele papel é uma vespa
Mas, já vi que tô atrasado, eu penso alto
Mas sempre sou pontual, fato
Nas ruas sou sempre cordial
(Veja que cordial nego)
Mas vejo que nessas horas é melhor recorrer ao beco
Mas uma vez engulo seco
E dou um brinde a essa cidade
Que já vale a metade
Metade da raiva que eu sinto de noite ao domingo
Saber que a semana prospera que nada
Alma desesperada, mal apurada
Alma mal lavada
Ao qual nunca me deu a mão
Vem, me trata de mercadoria
Nota fiscal e 2º via
Fiquei de cara mas não devia
Ter dado a porra da brecha
O mesmo que mata, o memo que come
O mesmo que caça é o memo que fabrica a flecha
[Verso 2: Spinardi]
O olhar que agride, o olhar que nega é convincente
Não levo remédio a ferida de quem não incentiva
De quem vira as costas, de quem me disse não
Não consigo jogar preso a correntes
Me encontro mocado no meio daquela bagunça
De uns homens mudados por algum cifrão
Se embaixo do braço não levo uma pasta, alguma condição
Como se fosse tão fácil, igual tu dizer bola pra frente
Como se fosse tão fácil falar, muito difícil escutar
É tão pouco espaço, joelho com inchaço
O futuro da caça é o futuro que caço
Quantos julgaram o menino teimoso
Que arranca uma baga de dentro do maço
Juntando pedaço, faço quieto, levando passo a passo
Olharam pra frente, abusaram da mente
Rasgaram o diploma e anotaram o contato
Mano eu não pago de pato, fato
Cidade pegada de rato, mato
Menino que almeja holofotes
Ou menino formado de terno e sapato
Você tenta, você tenta, você faz
Vejam minha olheiras, são os excessos que me levam
Vidas que se levam destroem vidas que se tem
Só não basta uma existência para ser alguém
Me tira daqui, te peço pelo amor
Repare na dor
Não deixam fazer o que eu acho sensato
Em casa a proeza virou desavença e virou desacato
Quem paga a despesa do astro?
Quem paga seu pão com nutella?
Abra a janela
Pessoas mudam com o tempo e o tempo junto com elas
[Ponte: SPVIC]
(quem é, é) quem não é fica na espera
(rap nacional), (dj qualy é golden era)
(quem é, é) quem não é fica na espera
(rap nacional), (spinardi é golden era)
(quem é, é) quem não é fica na espera
(rap nacional), (spvic é golden era)
(quem é, é) quem não é fica na espera
(rap nacional), (haikaiss é golden era)
[Verso 3: SPVIC]
E quem viu do começo, vim do berço musical
Não é um terço, somos três e cada um é fundamental
Intenção de ser atonal
E vem a tona
A verdade da disputa, pai das puta
Com o seu papel cafona
Não toma o meu tempo, sento
Levanta entendendo, senhor
Que a vida é mais que isso
Compromisso com quem?
Tô preocupado com o agora, dobrar a língua no tema
Conte nos dedos as unhas, não crie os meus problemas
Se pede que o papo duplique no beat tranquilo
Que o vic aqui soma
Mas não imite o que eu fiz há 10 anos
Mal feito, sem alma, fez falta o diploma
(conta tudo, impressiona)
Não, nem faz maquete é sem claquete
A gente toma conta
Zona norte lota e toma conta
Zona sul na casa, leste e oeste estão na ponta
Simples assim, nois por nois, não esquera
Rap nacional, spvic é golden era
Diploma was written by Spinardi & SPVIC & Pedro Qualy.
Diploma was produced by Pedro Qualy.