[Verso 1]
Sobre tudo que almejo ser
Né foda o tempo que esperei amanhecer
Né foda o que me comove e me apresenta a crise do meu ser
Mas o bagulho é sobre ser, é
Que tem nada haver com ter
Ser e ter
E ainda espero amanhecer
Pra mim e prós que estão no corre
Querendo tudo do melhor, mas com orgulho de ser pobre
Já que ensina o valor da vida
Corre vira grana quando vida é correria
Comodismo labirinto, sentar e reclamar ta fácil pra caralho, amigo
Relutante, quanto a forma de passar minha vivência
Quero o futuro, mas também quero paciência
Me dê mais forças
Enfrentarei em um futuro mais 1 milhão de forcas
E por todas passarei
Lançam e espadas não tocam os filhos do rei
Todo degrau que tu vai ter
Tudo fará sentido
Quando voltarmos a ser um ser
Pros profissionais na arte de fingir
Sorriso amarelo, muita confiança em mim
Né não?
E no dia que faltar inspiração
Vou olhar pro mundo cinza e de fumaça encher o pulmão
Pois do que vale cativar a vida, se ela acaba em 1 segundo
E pra todos a saida, é a mesma
No fim, do pó ao pó
Universo e sua imensa sutileza
[Ponte]
Eu que senti que o vento do deserto era tão quente
Me sentia congelar nesse mar de gente
[Verso 2]
É o que eu amo, mas nois chama de game
Quando muleque, o rolê n era videogame
Verso solar, não inspirado em tela quente
Tente e teste que eu te mostro o flow latente
Tudo que eu tenho é uma caneta em brasa ardente
É a crônica, a banda e minha gravata florescente
Sem explicação, tô fora do normal
Nordeste é uma selva
Muito leão num só quintal
O karma me cobra, serpente que volta
Dinheiro que falta, busquei outra rota, quebrei várias normas
Rimei meu conflito
Do fio de Ariadne desvendei o brilho
Conheci na alquimia meus irmão, amigo
Não entrei no rap pra ter inimigo
Não entrei no rap pra perder, amigo
Meditei daquele morro até o precipício
No retorno tem o troco pros que torceu bico
Underground é diamante saca só o brilho