Desconfiança

[Verso 1: Berna]
É fodido quando as pessoas não correspondem ao que tu lhes dás
Sim, tu, tens que ser capaz
Olha para trás e aprende com o passado
Assim no futuro já não ficas magoado
Com certas merdas que não dão para cagar
É que a obra do destino não pede para esperar
Não vale a pena escapar pois ele vem ter contigo
E no momento de agires tens que estar decidido
Senão um dia mais tarde podes-te vir a arrepender
E pode ser que tenhas que viver sem poder escolher
Dependente de ti próprio, que fazes sócio?
Lembra-te que com a vida não há negócio
Está tudo contagiado com a febre do dinheiro
Quanto mais tens, mais queres e fodes quem vier primeiro
Seja chegado ou forasteiro, o método é sempre igual
Já não há confiança nesta paisagem mortal
O extremo do mal é real em qualquer classe
Se não sobes na vida, és considerado fracasso
Acredito que a evolução tem que ser interior
Por isso exercito mentalmente sem ser por favor
Há pessoas tão burras que nem sabem quem são
Para onde vão, onde estão e é isso que me faz confusão
Nação sem reação ao modo de viver
A desconfiança é a razão que nos leva a temer

[Refrão: Berna]
É só pessoas frias
Não sabias que vivias
No mundo das apatias
Que escondem hipocrisias
E em armadilhas terroríficas
Gente cínica
Leva com a expressiva lírica
(Que o nosso povo cita!)

É só pessoas frias
Não sabias que vivias
No mundo das apatias
Que escondem hipocrisias
E em armadilhas terroríficas
Gente cínica
Leva com a expressiva lírica
(Que o nosso povo cita!)

[Verso 2: Berna]
Com quem é que podes contar?
Quase só contigo
Neste mundo frio vives em constante arrepio
Cautela, nunca dês mais que aquilo que deves
Percebes? Vê bem com quem te metes
Se fôssemos julgar as pessoas pela sua aparência
Era tudo perfeito mas dentro está a malícia
Infelizmente tenho que falar sobre isto
Penso, logo existo, mas ignorar não está previsto
Insisto e não desisto
Em falar deste cismo
Que trouxe o egoísmo, suspeita e cinismo
Comodismo que nos dê ao abismo
Por caminhos esquisitos
Trilhos sinistros derivados de ossos do ofício
O cenário é propício para haverem maus vícios
Pestes e feitiços provocam reboliços
É de mim ou isto virou mesmo do avesso?
Dizem que é progresso
Mas mais parece retrocesso
Não cesso esses versos
Confesso serem diretos
Sobre os temas expresso sentimentos concretos
O que rimo é genuíno
Ponho tudo em pratos limpos
Falo a sério do que vejo, do que digo e do que sinto

[Refrão: Berna]
É só pessoas frias
Não sabias que vivias
No mundo das apatias
Que escondem hipocrisias
E em armadilhas terroríficas
Gente cínica
Leva com a expressiva lírica
(Que o nosso povo cita!)

É só pessoas frias
Não sabias que vivias
No mundo das apatias
Que escondem hipocrisias
E em armadilhas terroríficas
Gente cínica
Leva com a expressiva lírica
(Que o nosso povo cita!)