Tô no declive (outra garrafa)
Eu sempre tive (outra garrafa)
Motivos morrem (outra garrafa)
Motivos vivem (outra garrafa)
Reza dos prodígios, sem sol, sonhos mortos
Reza dos bastardos sem sol, anjos tortos
Tente ser forte (quebre a garrafa)
Seja o suporte (quebre a garrafa)
Fuja da névoa (quebre a garrafa)
Não queira trégua (quebre a garrafa)
Reza dos prodígios, sem sol, sonhos mortos
Reza dos bastardos sem sol, anjos tortos
Luzes acesas, constelações que a insônia me leva
E outra bebida na mesa, e a insanidade é o Voto de Minerva (yo)
Mãos trêmulas, boca pálida, o ódio sólido, frustrado
Pouco tempo pra ver que o tempo pra fama é um mar que tem me afogado
Vi que o medo disso é o toque, é o estrago, é meu preço pago pela heresia
Tudo que eles dizem que isso é tão árduo, e eu mergulhado na anestesia
Beijo da sombra, lombra que fode dentro do espelho um fraco me encara
Fraco disparo pra queda livre, mas não sou livre, diz quem ampara
Cês querem hype, né? Eu só quero sobreviver...
Depressão fissurando uma alma que eu nunca pensei que pudesse ter
Toda essa merda aqui... Me fez ver que talvez menti...
No meu "frustre-se, ouça-me, mova-se, foda-se, pensa que sucumbi..."
Todos os meus irmãos, se mostraram medíocres e sádicos
Bactérias e vermes apáticos, ancorados e velhos lunáticos (No marasmo...)
Por outro lado... Eu também me tornei um babaca
Mergulhado em pessoas opacas, que dão passos que não deixam marcas (passos sem marcas)
Tudo é tão curto à beira do surto, fogo e o furto, quem pode ouvir?
Fodam-se as retas, ritos e rotas, eu nunca soube pra onde quis ir...
Bebo e não vejo Deus, mas eu vejo o que deuses não podem ver
Me desculpe mas nem sou desse lugar, e ela sabe porque também quis morrer
Tô no declive (outra garrafa)
Eu sempre tive (outra garrafa)
Motivos morrem (outra garrafa)
Motivos vivem (outra garrafa)
Reza dos prodígios, sem sol, sonhos mortos
Reza dos bastardos sem sol, anjos tortos
Tente ser forte (quebre a garrafa)
Seja o suporte (quebre a garrafa)
Fuja da névoa (quebre a garrafa)
Não queira trégua (quebre a garrafa)
Reza dos prodígios, sem sol, sonhos mortos
Reza dos bastardos sem sol, anjos tortos
Tô à beira da loucura e ninguém vê, uma bússola quebrada me levou
Tudo aquilo que eu mais amava fazer, hoje é só mais uma página sem cor (quem eu sou?)
Somos a farsa do século, anjos incrédulos, pêndulos que não se tocam...
Somos a bênção comprada, as falsas palavras que os amores trocam...
Somos a toca, e o cativeiro, nós somos galhos na mira do raio
Somos o salmo lido no puteiro, somos a chuva no final de maio
Santificado seja o nosso nome, demonizado seja o nosso vício
De alimentar pesadelos com fome, usando o passado e vivendo o resquício
Apodrecendo em mais um labirinto, minha casa é minha mente, odeio minha casa
Todas as portas me levam pro nada, e as maçanetas aqui estão brasa
Vendo a dança dos copos de vidro e fazendo perguntas que eu sei a resposta
Vendo os aplausos e os olhos em choque comigo mas sigo me sentindo um bosta
Vendo que o peso é questão de costume, vi que o costume faz gostar do peso
Onde os órfãos de pais vivos se escondem, na sombra o ódio me manteve aceso
Dentro de um mundo podre pelo avesso, Dentro da casa onde amor tinha preço
Vendo que a boca que me amaldiçoa e me agride é a mesma que recita o terço
Entorpecido pelo próprio medo vi que eu sou sossego mas também a cela
Preso em mim mesmo pensando na fuga mas no fundo do poço não tem janela
Foi quando eu prometi pra mim mesmo, quando eu me vi num estado deplorável
Foi quando eu escrevi "Abalo Instável", quando eu prometi voltar intocável
Tô no declive (outra garrafa)
Eu sempre tive (outra garrafa)
Motivos morrem (outra garrafa)
Motivos vivem (outra garrafa)
Reza dos prodígios, sem sol, sonhos mortos
Reza dos bastardos sem sol, anjos tortos
Tente ser forte (quebre a garrafa)
Seja o suporte (quebre a garrafa)
Fuja da névoa (quebre a garrafa)
Não queira trégua (quebre a garrafa)
Reza dos prodígios, sem sol, sonhos mortos
Reza dos bastardos sem sol, anjos tortos
Declive was written by Oddish.
Declive was produced by Degraus Beats.