MV Bill
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MV Bill & Chorão
MV Bill
MV Bill & Kmila CDD & Nega Gizza
MV Bill
MV Bill
MV Bill & Kmila CDD
MV Bill
MV Bill & Luã Gordo &
MV Bill
MV Bill & Kmila CDD &
MV Bill
Faixa de encerramento do álbum Declaração de Guerra, segundo disco do rapper carioca MV Bill, lançado em 2002.
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[Verso 1]
Hey mãe, acorda que o terror vai começar
Coloca a janta, pode ser a última se pá
Se eu não voltar, sorria, vou em busca da alegria
Vou incentivando o ódio, quem diria
É tudo pela salvação em nome da razão
Acenda a vela é o código da rebelião
Os generais nem imaginam nosso plano
Pensam que é mais um engano, Jesus está voltando
Os pretos estão do lado de cá
São soldados mascarados aliados ao pomar
Os diretores forjam as fugas
Tensão nas celas, bueiros, são verdadeiros sangue sugas
Libere a fuga diretor! Solte os detentos
Pelados pelas rua escura, sem lamentos
A nossa tropa só tem doido, resto, lixo, bicho, praga
Vou jogar mais vinho na sua área
São pessoas que vivem na amargura
Não nos restam mais ternura, a batalha vai ser dura
Eu avisei que a guerra era inevitável
Pra quem tá na condições desfavorável
Subestimaram, pagaram pra ver e tão vendo
Ignoraram a nossa coragem, tão morrendo
A violência não fui eu que inventei
Somos condenados a serviços de um rei
Chega de ouvir esse discurso social
Chega de ouvir a lenga lenga racial
Sou animal sou (sou), sou canibal sou (sou)
Eu sou letal, o verbo que populariza o mal
Vão tirando a fantasia de artista
Não tem mais carnaval, acabou o show pra turista
Que venham vários pagodeiros e sambistas
A luta é o coração de um guerreiro ativista
Convoque os índios, convoque os canibais
Convoque os sonhos, dos nossos ancestrais
Vou invadir mais um hospício
Vivemos bem no precipício (que que isso)
Quero mais guerrilheiros pra esta noite
Vida longa para os pretos, fim do açoite
Vou maquinar mais homicídio para esse dia
Fim de vida aos brancos da covardia
São Benedito por favor nos proteja
Tragam todos os fiéis que estão orando da igreja
Sem terra, sem teto, sem nada nos dentes
Sem fama, sem grana, sem luz, sem parentes
[Ponte]
Se foi torturado (siga-me)
Se tá rebelado (siga-me)
Se tiver bolado (siga-me)
Ham (siga-me), ham (siga-me)
Se cair seus dentes (siga-me)
Se for estuprada (siga-me)
Se o nome for Maria (siga-me)
Ham (siga-me), ham (siga-me)
[Verso 2]
Eu vou pedir mais orações aos crentes
A guerra é turva e Deus necessita estar com a gente
São meia noite o black-out é geral
Sirenes, apitos, breu total
Ficou pra trás a nossa dor
Lá no passado que restava todo amor
Uma criança pede o fim da guerra entre vermelhos e terceiros
Me lembra que somos brasileiros
Mais ideologia, menos conflitos
Não façam de nós mais um grupo de risco
O alemão não apita na favela
Confira você mesmo, e olhe pela sua janela
Fale seu partido preciso saber!
PMDB, PT , satã ou ou TC?
Se é for de esquerda , não me contemplou
Se for de direita , me ignorou
Se for de bandido é um caso a pensar
Vou me filiar preciso arriscar
Adestrador prepare os cães, não dê comida
Avise aos lobos que a pele é branca e a carne é viva
Fazendeiro não há mais tempo pra remorso
Vamos transformar seu paraíso em destroços
A luta é racial, a luta é social
Mais ninguém se espanta, porque a é guerra santa
É preta, marrom, mestiça e branca
E quem não decidir em que lado está, vira planta
Eu sou ateu, protestante, sou judeu
Eu sou masson, rosa cruz, e fariseu, zulu
Eu sou a luz do universo em desencanto
Não sou mais nada só a voz do catalão
Levei 500 anos para entender esse país
Se querem me entender eu só queria ser feliz
Maria dê veneno pra rainha sua patroa
Volte pro QG com as jóias da coroa
Agora cai por terra toda arrogância
Vamos celebrar viva a voz da ignorância
Deus vai perdoar , Deus vai entender
Deus vai lhe ajudar, chega de padecer
De um lado humanos, do outro humanos
Todos armados então são desumanos
Falam que a briga não nos leva a nada
O mar não tem cabelo, quem se afoga nada
Não dá pra existir de quem não come nada
Aqui seu diploma não vale de nada
Nós não somos nada, nós não temos nada
Branco camarada, largue a espada
Acabou o desafio, não pode pensar
Imagino deve ser difícil aceitar
Essa guerra que já foi vencida
Solte suas armas e comece a despedida
Abaixe a cabeça, faça o último pedido
Peça qualquer coisa menos ser meu amigo
Não, não faz sentido, sou herói, e o bandido?
A sirene tá gritando, perigo
Os pretos que vão te julgar
Você tá bola, então comece a chorar
Devolva meu samba, a nossa cultura
A capoeira, o axé e a vida das pessoas que moram na rua
A história foi queimada ofendida
A morte é o fim, a guerra é a vida
Durante muito tempo eu vi o mundo girar
De braços cruzados esperando a morte chegar
Foi o despertar comece a sua prece
Dessa vez é o racha, ou dá ou desce
[Ponte 2]
Se perdeu juízo (siga-me)
Ta no prejuízo (siga-me)
Não quer ser escravo (siga-me)
Ham (siga-me), ham (siga-me)
Já matou tarado (siga-me)
Se perdeu o seu emprego (siga-me)
Se perdeu emprego (siga-me)
Ham (siga-me), ham (siga-me)
Declaração de Guerra was written by MV Bill.
MV Bill released Declaração de Guerra on Tue Jan 01 2002.