CVOS KTARZE EGO

Não haverá de existir mais remorso enquanto existir a vontade
Renegando influencias externas e murmuros de vidas fracas
E que toda moral se contamine com a penúria
Sem ao menos conseguir se manter em pé

Sentindo toda beleza se esvaziar pelo tempo
Como móveis empoeirados em um local marcado por tragédias
Seres imaculados se destroem em um espiral de pesadelos
Sentindo o cheiro de cadáveres que vem pelo vento como uma mensagem

Seu ser já renega a carne, pois sabe que se trata de uma carcaça
Uma carcaça que apodrecera com o passar dos minutos
Até que reste apenas uma memória
Que também sumirá

Algo dentro de mim rasga a carne pra tentar sair
Sinto unhas cravadas na pele de dentro pra fora
Sobe minha garganta, minhas costelas se contorcem
Cuspo sangue, o ego se transforma em uma massa grossa

Eu não vou
Eu não vou
Abrir mão da perdição
Bebendo da fonte do pecado até nada restar

Eu não vou
Eu não vou
Seguir as suas pegadas
Seu preceitos, morais, regras, crenças, valores em chamas

Sem nenhuma faísca de compaixão enterraremos
Todos eles em uma cova unica pra que nasça frutos da podridão
Alimentando seus sonhos mais impossíveis enquanto suas falsas verdades
Pareçam a única esperança pra que não se perca no labirinto da loucura
Alimentaremos seu medo pela morte pra que assim viva uma vida privada de desejos
Aumentando suas ansiedades e suas depressões

Lacaio!

Sentirá sensações inexplicáveis e talvez verá
Que toda verdade aqui apenas só te cegará
Tudo se resume a um grande nada que apodrecerá
Sua vontade é a lei, então a cumpra

Negara promessas de ilusões que não se concretizará
Salvação de heróis de gesso ou carne se sucumbirá
Impérios de reis se enfraquecem até as ruínas
A realidade é uma farsa