Cristais de Sono

[Verso]
Quando eu vejo o Sol nascer do lado oposto à sombra do meu coração
Ponham mais água a ferver e botem neste rio que me gela o chão

Todo encharcado, num pranto
E o rosicler a crescer d’aurora
O corpo tolhido no canto
Pronto a ser jogado fora

Suspiro bem do fundo
Da barriga que me encolhe
Curva-me o peso do mundo
Mas as dores que o mundo colhe

[Refrão]
São em mim
Cristais de sono
São em mim
Cristais de sono

[Verso]
Quando eu vejo o Sol nascer do lado oposto à sombra do meu coração
Ponham mais água a ferver e botem neste rio quе me gela o chão

Todo encharcado, num pranto
E o rosiclеr a crescer d’aurora
O corpo tolhido no canto
Pronto a ser jogado fora

Um calafrio na nuca e tremores em gesto mole
Soluços em açúcar e o murmúrio que me engole

Suspiro bem do fundo
Da barriga que me encolhe
Curva-me o peso do mundo
Mas as dores que o mundo colhe

[Refrão]
São em mim
Cristais de sono
São em mim
Cristais de sono