Xutos & Pontapés
Xutos & Pontapés
Xutos & Pontapés
Xutos & Pontapés
Xutos & Pontapés
Xutos & Pontapés
Xutos & Pontapés
Xutos & Pontapés
Xutos & Pontapés
Xutos & Pontapés
Grossas são as cordas
Os nós são de marinheiro
Enroladas à volta
Mantêm-te prisioneiro
Tu tentas sacudi-las
Mas os nós são corredios
E quanto mais te mexes
Mais te apertam, tem sangue frio
E tu ainda perguntas
O que foi que se passou
Se mal não fizeste
Quem foi que te amarrou
São pesadas correntes
Terminadas em grilhetas
São grossos cadeados
Trancados com sete chaves pretas
Não te deixam voar
Tu já estás colado ao chão
E tudo isto existe
Não parece ter solução
Mas se te lembrares
Se tu usares a tua razão
Tu é que te ataste
Tu és a tua prisão
Cordas e correntes prendem-te no mesmo sítio
E tu ranges os dentes à beira do precipício
Tudo o que possuis
Vai-te roendo a liberdade
Tudo o que desejas
Vai-te doendo de verdade
E tu queres gritar
Mas estás amordaçado
Mas tens de conseguir
De rebentar por algum lado
Tu tens de ir para além do medo
Deitar tudo a perder
Essas cordas e correntes
São mentais, podem desaparecer
Cordas e correntes prendem-te no mesmo sítio
E tu ranges os dentes à beira do precipício
Cordas e correntes desfazem-se em mil bocados
Cortaram-se os nós, quebraram-se os cadeados
E tu olhas em volta
Já não estás no mesmo sítio
São cordas e correntes caindo no precipício