Chora Comigo

[Letra de "Chora Comigo"]

[Verso 1: Laton]
O silêncio atua dentro de mim
Faz-me sofrer por não saber
Se vale a pena ter nascido para lutar, e depois morrer
Se no futuro estarei liberto do guião, que me separa da
Paz
O sangue escorre por dentro, e na amargura se desfaz
O presente é desesperante, eu não sei o que é viver
O tempo é inimigo, o destino é incerto onde tudo pode
Acontecer
O sentimento é o único amigo e chorar talvez seja um
Castigo
Imploro pelo teu amor como se eu fosse um mendigo
Não consigo entender porque não sou compreendido
A minha voz está rouca de tanto gritar, e tão pouco ser
Ouvido
Sou o refúgio de mim mesmo, o sentimento, a solidão
De mim mesmo
Sou a crença, sou a solução para mim mesmo
A humildade é um bem que criou
A verdade comum afilia o espírito de luta
Quando vem para fora é algo que dificilmente brilha
A vontade é infinita, a incompreensão desacredita
Forte
É a personalidade que pela dor é esculpida
A cada desenho uma nova revelação, a cada revelação
Uma nova lição
É essa a condição da vida por isso presta atenção
É difícil, mas sabe bem triunfar
O sacrifício é esperar e da fé proliferar
Um sonho, o de ser aceite como pessoa
Dias de infelicidade por muito tempo o mundo chorou e
Lutou
Encontra agora em mim o tesouro que reluz
Humildade, respeito, fidelidade e a paz que o amor
Seduz
Imaculado de corpo e alma
Disposto a partilhar tudo contigo
Estendo a minha palma da mão
Sofre comigo irmão

[Ponte: Bob Da Rage Sense & Dilma]
Chora comigo, chora pela vida
Chora, como uma criança perdida
Chora comigo, talvez seja o destino
O amor em ti ainda é algo muito pequenino

[Verso 2: Bob Da Rage Sense]
Deixa, germinar em ti um fruto chamado louvor
Prova dignidade, depois sente o sabor, respeita o seu
Valor
Amanhã saberás se realmente ontem erraste
Terás no peito as cicatrizes das batalhas árduas que
Travaste
O sofrimento beijaste como uma vitória
A maturidade, confiança e glória enfim tu alcançaste
A voz que no passado estava rouca
Hoje grita revoltada porque a humildade ainda é
Pouca
Já desde o tempo dos nossos avós se lutava e agora
A geração de utopia ignora o eco de revolta e de
Outrora
O sem plano enrugado, lágrimas de tristeza
Tanto lutara com firmeza
E nos dias de hoje a inconsciência humana é uma
Incerteza
Mudou-se o seu tempo e mudou-se o pensamento
O vento sem dó nem piedade roubou o seu talento
Resta na sua memória lembranças inesquecíveis
Não há forças para por nos poemas seus sonhos
Inatingíveis
Sua agonia é tanta
A força da sua personalidade é tão firme que até encanta
O perdão transformou-se em revolta, a crença suicidou-se
A luz que se vê sempre no fundo é a esperança que desta vez apagou-se
Isto é real, inverteram-se os valores
É tudo uma surpresa, a vida oferece dissabores
É bem triste, eu no fundo tenho medo
Que tudo aquilo que tenho para dizer entre mim e o esquecimento seja um segredo
Chora comigo
Liberta-te do ódio porque contigo eu consigo
Sei lá, não como inimigo
Façamos nós o nosso destino
Crescendo com o nosso amor ainda pequenino
Chora comigo irmão

[Outro: Dilma]
Talvez um dia as portas iram se abrir, se abrir
E as crianças [?] de, sentir [x2]