Cayenna 07 Não Fala Muito

[Verso 1]

Bem vindo a aula de rimas
Dicas fatidicas, lyricas corrosívas, ditos de linguagem acidica
Em cima do movimento a sina é serem mímica
Eu cá, piri-piri pico e estrago a comida
Come quem nos aguenta
Nem fome se sente negra quando o Mutaburi assola e atormenta
Trolha focado em construção, tenta
Vir contra nós, reboco e deixo no trono a massa cinzenta
Hyena e conforme sempre a rir sem motivo
O teste nunca é difícil, há um vídeo ou livro
Que nos ensina, missão no fundo é serem mais livres
Só quem rega essa planta colhe fruta em cultivo
Vivo do ser e do sou, não do som e do ouviste dizer
Se o clima não está bom, mano eu canto a condizer
Fazer é de emoção, se o coração pede eu dou
Musica orgânica, sem aditivos

[Ponte]

Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano

[Refrão]

Na crista das altas ondas
Num barco ou navio longo
Por reis que estragaram o som
Por dias e datas
Mas nunca vi desafio
Onde nunca vi ninguém
Corpos enterrei aos cem
Vergonha pois sinto-me bem
Como o Rei dos Piratas

[Verso 2]

Se gravo é sempre um auto-retrato
Se grato, ao meu lado, alguém viu arte de facto
Se grades não me agradam eu fiz um auto-contrato
Subir no pódio? É mais comida no prato
Vou fazer música, até que o pulmão me doa
Articular mil heterónimos, Fernando Pessoa
Muta na boa, mete Luanda a soar em Lisboa
Com uma Kizomba nunca antes vista, tu ficas atoa
Oh shit, que flow sick
Soco e bicos a solta em volta do mosh pit
Robin dos Bosques, Muta toca é boda para os meus peeps
Foge do combo ou sais do mapa, monstro no joystick
Isso é rídiculo, o teu veículo, como o Tik Tok
É show off, antiges o topo com mulheres que nem usam top
Tipo primeiro cículo, está no currículo
Mentir, não ligo porque a dica é título

[Ponte]

Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano
Não fala muito mano, não fala muito mano

[Refrão]

Na crista das altas ondas
Num barco ou navio longo
Por reis que estragaram o som
Por dias e datas
Mas nunca vi desafio
Onde nunca vi ninguém
Corpos enterrei aos cem
Vergonha pois sinto-me bem
Como o Rei dos Piratas