[Letra de "CASO CAOS"]
[Verso 1]
Agora tudo faz sentido
Underground shit para o tapete da quarta base
Onde escarro verde, caneta verte enquanto atiço o traço
Tipo que enfeitiço o braço, capeta na Vendetta
Não te dava, nem um pouco se só para ti sobrasse
A minha caneta sangra o que a minha elite sofre
Onde tanta gente engana para ver trocos
Eu já vi desses, pataqueiros com fortuna a vender olhos
Se não vês a bigger picture mete os óculos
Cambada de cegos, quantos de vocês se sentem vivos
Livres de todo o mal nativo que cá existe?
Próspero individuo que divide a divida de quem deve
À dadiva desta natureza presa em risco
A gente cheira o mesmo com nariz de Isidro
À espera de quebrar o vidro do nosso "eu" fingido
Sinto que a síndrome de impostor me consome vivo
Por isso finjo até acreditar que realmente existo
Também queria ser um Jim, levar a minha Pam a outros sítios
Produzir uns tais poemas e até filmes
Sofrer 27 primaveras, despedir-me
Como se nada disso tivesse acontecido
Eterno adormecido
[Refrão]
'Eu estou tranquilo com a minha Jade, não se passa nada
Com vista para lisa a ouvir B Fachada
A mandar um broop nas curvas dela
Logo é claro que escorrego em cada enxurrada
[Verso 2]
Não levo isso como vantagem, sempre sacrifico o que emano
Para o próximo ter um conforto momentâneo
Á parte disso esquivo-me de todo esse teu encanto
E broto silvas, no meio das cinzas que habito desde infante
Em busca incessante pela cura do meu ser
Eu precisava dum xamã para o combater
É necessário observar o caos absorvê-lo
E transformá-lo em ordem antes da mesma apodrecer
E eu podia ser, o rei lagarto
Para lá caminho, meio intacto
Meio opaco, meio faminto, meio virado
Para carcaça que suporta o meu caminho
Embriagado da lucidez que acarinho
Manda vir uma de vinho que estou cansado só de falar para ouvidos
Que não querem estimular os seus sentidos
E com essa me despeço com um brinde
Abre os portões da perceção para tudo virar infinito
UMRAP