Camará

Ai, ai, aide

Joga bonito que eu quero aprender

Oh meu Deus o que é que eu faço
Para viver nesse mundo
Minha magoa vem no fundo ora lê lê
Vai doer até matar
E é por isso que eu lhe digo
Capoeira cai lutando ora lê lê
Para não se deixar calar
Ouça a força da coragem
Que a esperança lhe ensinou
Para cantar a valentia de quem nunca se entregou
O seu amor sem paradeiro, braço aberto camará
Avisando ao povo inteiro que só dança quem lutar
Caixa de guerra ou pandeiro meu berinbal de araça
Toque de cavalaria chamando para brigar
Não vi ferir quem me ama nem por odio magoar
Eu preparo a brincadeira de quem não pode brincar, paraná
Paranauê paranauê paraná!