Caixa de Reclamações

Disseram pobre não tem vez
Ainda mais com escura cor
Que o nome não tem valor, se não tens um sobrenome
Que o mundo é lugar para gente forte, os fracos são espectadores sobreviventes da fome

Bera continente raça negra, independente-dependente de uma mísera receita
Que se falha, o estado aperta
O miserável desgraçado que está a lutar com a renda
4 filhos, 2 estão no privado
2 estão em casa a comer o pão que o diabo tem amassado

Sem sal, vida preto e branco
Quero mudar de estado, para ver se mudo o estado
Emigrar se tira um novo ar
Reclamar do estado e ainda assim poder jantar
Com a família no mesmo lugar
Que o estado enumerou, pronto a derrubar

Chegar em casa, beijar a boca da dama
Olhar para o fundo dos olhos ao ponto de ver a alma

Dizer que “está tudo bem” para não tocar na ferida
Para ver se ela sara, esquecermos da rotina

Sentir a pressão da vida, aluguer e uma família
Jantar a pensar nos gastos, pensar em mudar de plano
Ter que sorrir para vida, pois amanhã é dia
Aturar o chefe, o trabalho e o salário baixo

[Coro]

“Fila do banco extensa, mas ninguém aqui reclama
Fila do hospital extensa, mas ninguém reclama
Fila do pão extensa, mas aqui ninguém reclama
Fila do nada extensa, mas aqui ninguém reclama”

Pega o teu papel, põe na caixa
Conta para nós o que tu achas
Negativo ou construtivo quero saber de ti
Se o teu estado está igual ou melhor do que eu escrevi

“Pega o teu papel, põe na caixa
Conta para nós o que tu achas”

Pega o teu papel, põe na caixa
Conta para nós o que tu achas
Negativo ou construtivo quero saber de ti
Se o teu estado está igual ou melhor do que eu escrevi

“Pega o teu papel, põe na caixa
Conta para nós o que tu achas”

“Fila do banco extensa, mas ninguém aqui reclama
Fila do hospital extensa, mas ninguém reclama
Fila do pão extensa, mas aqui ninguém reclama
Fila do nada extensa, mas aqui ninguém reclama”