Bonde da Bagunça

[Refrão]
Rasgando a madrugada no bonde com mais de vinte
Mó bagunça na city com puro luxo requinte
Sentido samba ou praia grande partindo da rua A
Sabe que o silêncio pra nós nunca vai agradar

[Verso 1]
Zona show, rua A, ó os muleque como é que tá
A pedido lá da vila, com as rima vamo brincar
Quando tá sol é só Skol, ducha na 150
Tem vizinho que não aguenta, fica em choque e se esquenta
Não inventa, vai gordão me prepara a soda com menta
Que brisa a alegria a nossa vida acrescenta
Segura o bonde ó que os moleque aplica a zica
Desvia dessas ideia de zé povo que critica
Quando os motoca se une, cê sabe que complica
Não queira pá que senão nós se multiplica
Tem Fan preta, Titan prata da vermelha e azul
Cano reto, estralador Ipiranga Zona Sul

[Refrão]
Rasgando a madrugada no bonde com mais de vinte
Mó bagunça na city com puro luxo requinte
Sentido samba ou praia grande partindo da rua A
Sabe que o silêncio pra nós nunca vai agradar

[Verso 2]
Cê quer colar, pode chegar, vai me encontrar na rua A
Junto com o bonde da bagunça que jamais acabará
Moto sim, carta não, se preciso a fuga aplica
Da esquerda pra direita, sobe a bosque e estica
É Cursino monstrão e lá eu conheço bem
Entorta o pulso, enrola o cabo que os corsa peida e não vem
É só sujeito homem, parça, ninguém paga de menino
Não pode abraçar o asfalto sem portar o San Marino
Funk da 13, Babalu, samba da tia, bar da nega
Sai pra lá com esses bode que logo a força chega
Cê tem Hornet, sei que cê tá de Juliet
E no farol fica em choque que o bonde é tipo peste
Ipiranga city é meu ninho, Titan KS, polo listrada e duelinho
Ipiranga city é meu ninho, Percílio Neto, Rua A e os predinho
Esse é meu lar, lar doce lar
Bem antes que os meus olhos pudessem lhe enxergar
Foi onde aprendi a andar, os meus medos enfrentar
Onde eu ganhei malícia pra com a vida jogar