Fernanda Porto
Fernanda Porto
Fernanda Porto
Fernanda Porto
Fernanda Porto
Fernanda Porto
Fernanda Porto
Fernanda Porto
Fernanda Porto
Fernanda Porto
Fernanda Porto
Fernanda Porto
Fernanda Porto
Ouço batuques e maracatus na TV
Que país é esse que a gente nunca vê?
A não ser na CNN em Espanhol
Em fevereiro tudo vira show
Isso não é uma tribo aborígine...
São negros sim, que falam Português
Pau-Brasil, bola da vez
De antenas ligadas do Sudeste
De frente do prédio da FIESP
Numa distância de anos-luz
Escuto batuques e maracatus...
Se vira, meu
Baque virado não é virado à paulista
Não é um samba, samba, samba não...
Ouço batuques e maracatus na TV
Que país é esse que a gente nunca vê?...
É um baque urbano que ouço daqui
As alfaias tocando pra quem quer ouvir
É um batuque rural de canavial
Com chocalhos nas costas do Recife
Realeza vestida de pano de chita...
São negros sim, que falam Português
Pau-Brasil, bola da vez
São pretos, marrons em tela plana
São filhos e netos de dona Santa
Então por que essa dança tribal
A gente só pode ver na TV?
Se vira, meu
Baque virado não é virado à paulista
Não é um samba, samba, samba não...
Ouço batuques e maracatus na TV
Que país é esse que a gente nunca vê?