This work for a soprano and eight cellos was composed in sections, with the first (Aria) finished in 1938 and the second (Dança) in 1945. It is the composer’s most famous work.
(Aria)
Tarde, uma nuve rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito a lua docemente
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente
Em anseios d'alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra, toda a Natureza!
Cala a passarada aos seus tristes queixumes
E reflete o mar toda a Sua riqueza
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde, uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
(Dança)
Irerê, meu passarinho
Do sertão do cariri
Irerê, meu companheiro
Cade viola? Cadê meu bem? Cadê maria? Ai triste sorte a do violeiro cantadô! Sem a viola em que cantava o seu amô, Seu assobio é tua flauta de irerê: Que tua flauta do sertão quando assobia, A gente sofre sem querê! Teu canto chega lá do fundo do sertão Como uma brisa amolecendo o coração. Irerê, solta teu canto! Canta mais! Canta mais! Pra alembrá o cariri! Canta, cambaxirra! Canta, juriti! Canta, irerê! Canta, canta, sofrê! Patativa! Bem-te-vi! Maria-acorda-que-é-dia! Cantem, todos vocês, Passarinhos do sertão! Bem-te-vi! Eh sabiá! Lá! Liá! liá! liá! liá! liá! Eh sabiá da mata cantadô! Lá! Liá! liá! liá! Lá! Liá! liá! liá! liá! liá! Eh sabiá da mata sofredô! O vosso canto vem do fundo do sertão Como uma brisa amolecendo o coração
Bachianas Brasileiras No. 5 was written by Manuel Bandeira & Heitor Villa-Lobos.
Heitor Villa-Lobos released Bachianas Brasileiras No. 5 on Mon Jan 01 1945.
The composer described the Dança thus:
It represents a persistent and characteristic rhythm much like the emboladas, those strange melodies of the Brazilian hinterland. The melody suggests the birds of Brazil.
Barbara Hannigan
Anna Prohaska
Natania Davrath
Paloma Friedhoff Bello
Piia Komsi
Ana Maria Martinez
Alexandra Lowe
Nancy Allen Lundy