[Verso 1]
Eu ganhei força com a tua ida
E senti-me um egoísta
A criadora de um criador encontra-se onde a dor finda
A vida descomplica
Porque eu posso mudar de vida
Mas nunca de Aristina
Eu queria esboçar um sorriso
Mas isso não passa de esboço
É que eu andei perdido
A pensar no "antes fosse"
Eu peguei nesta chuva e fiz uma aguarela
Pintei-os num fundo branco a olhar pela janela
A nossa janela
Deslumbravas o lá fora
Enquanto estavas à minha espera
Eu sei que ter-te agora
Até pode sеr uma quimera
Mas eu já não vejo hora dе largar este quem me dera
[Pré-refrão]
Eu não sei para onde vou
Eu não sei o que é que faço
Eu só sei que estou escasso
E preciso que me abraces
[Refrão]
Será que és uma brisa ou uma onda?
Será que és a areia que m'aconchega
Ou assumiste outra forma?
Será que és uma brisa ou uma onda?
Será que és a areia que m’aconchega
Ou assumiste outra forma?
[Verso 2]
Eu nem quero imaginar o que passava pela cabeça
Por baixo dessas rugas eu via a minha princesa
Desculpa se eu não te disse
Aquilo que eu sentia
Mas o que eu quero dizer, a minha timidez adia
Tu perdeste o sabor na língua
E eu o sabor para a vida
Por mais um dia contigo
Podia morrer de seguida
A minha presença atrofia por não estares presente
Parece que não sinto nada
Porque sou quem mais sente
Parte de mim está em Paris
Por lá ficaram coisa que eu nunca tas disse aqui
Eu beijo-te a cara como se tu estivesses cá
Porque apesar de tudo
Nunca deixaste de estar
Mesmo não estando juntos
Eras o meu conforto, assumo
Porque quando eu voltava a casa eras o meu porto seguro
Eu não queria que tu fosses
Mas a vida é mesmo assim
Por isso agarrei-me ao que gosto e fico por aqui
(e fico por aqui)
[Refrão]
Será que és uma brisa ou uma onda?
Será que és a areia que m'aconchega
Ou assumiste outra forma?
Será que és uma brisa ou uma onda?
Será que és a areia que m'aconchega
Ou assumiste outra forma?
AR was written by Sien Flamuri.
AR was produced by Sien Flamuri.
Sien Flamuri released AR on Sun Jun 09 2019.
Sien referiu em entrevista à Rimas e Batidas:
Tem a ver com a morte da minha avó, que foi algo despertou o EP. A “AR” foi a primeira música que fiz depois dela falecer. Eu senti que foi uma espécie de um desabafo, que tinha que fazer essa música para lidar com o que me estava a atormentar.