Mafalda Veiga & João Pedro Pais
Mafalda Veiga
João Pedro Pais
Mafalda Veiga
João Pedro Pais & Mafalda Veiga
João Pedro Pais
João Pedro Pais
João Pedro Pais
Mafalda Veiga
João Pedro Pais & Mafalda Veiga
Mafalda Veiga
João Pedro Pais
João Pedro Pais & Mafalda Veiga
Mafalda Veiga
Mafalda Veiga
João Pedro Pais
Mafalda Veiga
[Estrofe 1: João Pedro Pais]
Foi há tantos anos, foi há dois mil anos
Que vi no amor o meu Cristo
Que me mostraste um amor imprevisto
Que me falaste na pele e no corpo a sorrir
[Estrofe 2: João Pedro Pais & Mafalda Veiga]
Meus olhos fechados, mudos, espantados
Te ouviram como se apagasses
A luz do dia ou a luta de classes
Meus olhos verdes, ceguinhos de todo para te servir
[Refrão: Mafalda Veiga]
Mariazinha fui, em Marta me tornei
Vou daquilo que fui pr’áquilo que serei
[Estrofe 3: João Pedro Pais & Mafalda Veiga]
Filhos e cadilhos, panelas e fundilhos
Meteste as minhas mãos à obra
E encontraste momentos de sobra
Para evitar que o meu corpo pensasse na vida
[Estrofe 4: João Pedro Pais & Mafalda Veiga]
Teus olhos fechados, mudos e cansados
Não viam se verso, se prosa
O meu suor era o teu mar de rosas
Meus olhos verdes, janelas de vida fechados por ti
[Refrão: João Pedro Pais & Mafalda Veiga]
Mariazinha fui, em Marta me tornei
Vou daquilo que fui pr’áquilo que serei
[Estrofe 5: João Pedro Pais & Mafalda Veiga]
Pegas-me na mão e falas do patrão
Que te paga um salário de fome
O teu patrão que te rouba o que come
Falas contigo sozinho p'ra desabafar
[Estrofe 6: João Pedro Pais & Mafalda Veiga]
Meus olhos parados, mudos e cansados
Não podem ouvir o que dizes
E fico à espera que me socializes
Meus olhos verdes, boneca privada do teu bem estar
[Refrão: Mafalda Veiga & João Pedro Pais]
Mariazinha fui, em Marta me tornei
Vou daquilo que fui pr’áquilo que serei
[Estrofe 7: Mafalda Veiga & João Pedro Pais]
Sou tua criada boa e dedicada
Na praça, na casa e na cama
Tu só me vês quando vestes pijama
Mas não me ouves se digo que quero existir
[Estrofe 8: João Pedro Pais & Mafalda Veiga]
Meus olhos cansados ficam acordados
De noite chorando esta sorte
De ser escrava prá vida e prá morte
Meus olhos verdes, vermelhos de raiva para te servir
[Instrumental]
[Estrofe 9: Mafalda Veiga & João Pedro Pais]
A tua vontade, justiça, igualdade
Não chega aqui dentro de casa
Eu só te sirvo para a maré vaza
Mas eu já sinto a minha maré cheia a subir
[Estrofe 10: João Pedro Pais & Mafalda Veiga]
Meus olhos cansados abrem-se espantados
Prá vida de que me falavas
P'ra combater contra os donos de escravas
Meus olhos verdes que te vão falar e que tu vais ouvir
[Refrão 2: Mafalda Veiga & João Pedro Pais]
Mariazinha fui, em Marta me tornei
Sei aquilo que fui e o que jamais serei
Mariazinha fui, em Marta me tornei
Sei aquilo que fui e o que jamais serei