Eu já não me governo
Sem me corroer um pouco
Eu já não sou sincero
Sem me converter em louco
Sou uma casa abandonada com um cadeado na porta
Só sobrou a fachada
De uma artista que está morta
Encontrei-te à entrada
Alucinação perpétua
Estavas mais descontrolada
No entanto estavas certa
Eu já não me governo
Neste caos eminente
Já não sei o que quero
Neste fato indecente
O teu deus é ateu e o meu já morreu
Excesso e apocalipse, foi o que ele me disse
Está a vir-se
Está a vir-se
A pensar no apocalipse