Apelo

[Intro]

[Verso 1]
Check mate? Não jogo jogos de tabuleiro
Rap bate naqueles que o fogo queima o traseiro
'Tou na frente desta merda sou o mais dianteiro
Ate já voltem sempre 'tou em casa o mais caseiro
Apesar de ser na rua onde me sinto inteiro
Hoje em dia tudo ataca mas nem todos são certeiros
A verdade da vitrina é vendida ao primeiro
Não há valores nem amores não há cores no tinteiro
Só estupores e favores cambada de interesseiros
Compram tudo 'pa tu pores dignidade no parceiro
Vida cinzenta enquanto me entranho no nevoeiro
Enquanto acompanho o caixeiro só não vejo é o dinheiro
Mas mantenho-me verdadeiro com cara num cinzeiro
Todo fumado e com fome mas nem lhe sinto o cheiro
Falo sincero não se espantem claro que eu sei sê-lo
É pena que nem todos o sejam fico em brasa meto gelo
Não cabem no que é ser real sempre a roçar o pêlo
Não fazem pelo instrumental nem sabem preenchê-lo
Sou mortal venenoso tipo cobra capelo
Nesta tuga cheia de cebosos meu skill corta o cabelo
Só com trocas e tropas nas costas camelos
São modelos idealizados da dor de cotovelo
Mas 'tão a um nível tão baixo que ficam pelo tornozelo
E torno a dizê-lo que byters são a matança
Ao qual eu faço apelo
Je ma apelle vácuo cuidado antes que eu atropele
Sou só mais um astro na terra a fazer reflexo no céu

[Refrão]
Astronómico chama-me assim outro nome
Gastronómico para mim pois eu dou-vos fome
Sou doente (atchim) tenho síndrome do microfone
Não se deixem contagiar visto que 'tá sempre on

Astronómico chama-me assim outro nome
Gastronómico para mim pois eu dou-vos fome
Sou doente (atchim) tenho síndrome do microfone
Não se deixem contagiar visto que 'tá sempre on