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“Aos 45” foi lançada em 2011 e se tornaria a segunda faixa do álbum Genival Oliveira Gonçalves em 2015.
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[Letra de "Aos 45" com GOG e Wellyngton Abreu]
[Intro]
Luiz Café
[Verso 1]
Aos 45 do primeiro tempo da vida
Surge a necessidade da contrapartida
Eu era um ser humano destinado ao fracasso
Condenado a sorrir pouco, a pouco abraço
Fui resgatado, enfrentando olhos de milhares
Que retribuíam me falando pelos seus olhares
Sensibilidade é o que faz você gigante
Letra ativa, sempre positiva, operante
Reverter o quadro, ir ou não, não vem ao caso
Opressão a vista, revolução vermelha, prazo
Entraram no quintal, encontraram a casa sem ninguém
Ao sair levaram a felicidade refém
Vi a droga chegar por aqui
Destruir, uma pá se iludir, hã, se implodir
Afogar a própria vida, se dividir
Entre a paz, a guerra: diga o que seguir
Agoniza ver quem vive nessa vida só de brisa
Perdendo tempo todo dia, nada prioriza
Sendo escravo por centavo, o que lhe escraviza
Por poder põe tudo a perder, dramatiza
Alvo, lhe senti a salvo por pura rebeldia
Música que eu ouvia, o livro que eu lia
O bate-papo, futebol, cerol, oração, funk e cia
Foram-se poderosa profilaxia
Será mesmo que quem avisa amigo é?
Será que tem que frequentar a igreja pra ter fé?
Será que só quem tem diploma é doutor?
É humildade ou sabedoria pedir "por favor"?
Meu faro raramente falho aponta o atalho e deixa claro
Meu caro, quero trabalho digno, não quebra-galho
Que gera morte súbita de toda uma geração
E um primeiro tempo da vida sem prorrogação
[Refrão]
(Aos 45)
Tudo que vivi só me fez sentir
(Aos 45)
Que vale a pena cada passo
[Verso 2]
Aos 45, minha visão vai adiante
Enxergo bem melhor, decifro faces, semblantes
Sem óculos, lente de contato, qualquer acessório
Tudo fica evidente, desembaçado, notório
O celular passou a ser meu escritório ambulante
Contatos, bate-papos, constantes contrantes
Produtores são vários, diversos trabalhos
Alguns organizados, outros, prazos falhos
Não me comovo, diminuo contato, removo
Resolvo a questão apostando no sangue novo
Parei com o show, faço celebração
Canal direto, reto, repleto de emoção
Tarde é dia, noite ainda o mesmo dia
Só após zero hora, o calendário anuncia
O início, a retomada de uma nova caminhada
Amanheça e anoiteça, essa é a cartada
Letra no rap ou rap na letra, eita
Endoidei procurando o fiel da balança, receita
Até ter noção, conceito real de perfeição
É extrair o que se tem de melhor no coração
Criação, alimentação, educação da cria
Gente fria, nunca sentiu o sabor da boa companhia
Bate sem dó pra ver o pior, não alivia
Incrível, domingo reclama da casa vazia
Amadureci meu argumento, arte de compor
Sempre dispensando papel de galanteador
Talvez por isso hoje me sinta tão bem
Escrever é expor, com fervor, tá no gen
Refletindo, observando ao redor
Vejo, quase perdi jogo por WO
Olhando pra cima, encaro os muros que escalei
Suei, não cansei, sem algemas, cheguei
[Refrão]
(Aos 45)
Tudo que vivi só me fez sentir
(Aos 45)
Que vale a pena cada passo
[Saída]
Cada segundo, cada momento
Me faz pronto pra aprender um pouco mais
Tudo que vivi só me fez sentir
Que vale a pena cada passo
Cada segundo, cada momento
Me faz pronto pra aprender um pouco mais
Tudo que vivi só me fez sentir
Que vale a pena cada passo
Cada segundo, cada momento
Me faz pronto pra aprender um pouco mais