Verso 1 (Yunnin)
Do laboratório ao mundo, eu me expresso
Movimentando os meus versos
Pra superar os projetos
Busco progresso, e ser melhor que os velhos yunnins, confesso
Tratando todo som como se fosse certo o sucesso
Imerso em velhos cadernos, tratando igual escaravelhos
Hieróglifos na parede, que a raiz insere
A Templo, formando impérios, focando no trampo sério
De auto-didatas natos ao topo, que o sopro infere
E o senhor prefere trabalhar na culpa ou na omissão?
A letra oculta que hoje ocupa os rascunhos
Aquelas que eu disse não, mó desperdício dos punhos
De ter rabiscos de cunho emocional - nesse junho
Me sinto envelhecido quando o mês chega, irmão
E não ajuda perceber tanta composição
Se eu acertar, vira um blueprint, alicerce
E logo surge esse flerte, entre possibilidade e ilusão
O quanto é possível e o quanto não? Cadê?
A responsa pesa muito naquilo que eu vou dizer
Eles falam sobre "responsa naquilo que eu digo
O que tu entende é só interpretação do meu dizer"
Mas se a interpretação segue a ferir não segue rindo
Sou consciente que a evolução ta no "ser"
Desde o meu antigo caderno até o mais recente
A gente aprende, que o plano é adaptar, aprender e vencer
Verso 2 (Amaral Lector)
Desde o antigo caderno da Rednose
Pra lembrar pela manhã, amassei um boom bap hoje
Esse verde vem de onde, Mary Jane James Bond
Pra viver igual Bonnie e Clyde e morrer como Jack Rose
Antigo caderno é tipo um filme do Spyke
Estilo Lee, é o livro de Eli no mic
Uso a bic, uso **, uso Adidas, uso Nike
Mas isso não vale nada senão for por nossa liberdade
Dá um tempo doutor vou compor
Ela é ruiva, é complo e combina com o por
Combina com rap, funk, praia, sol e
Desce quando bate o tambor
Tentando manter o coração puro
Lembrando minha mãe que sempre foi um porto seguro
E por mais que ser professora em Porto Alegre seja duro
Sempre me ensinou a ter humildade e fé no futuro
Errei demais, bebi demais
E aprendi errando, já que aqui é assim que se faz
Subiu arroz, subiu feijão, subiu o gás
Brasil, quando teus filhos vão viver em paz?
Errei demais, bebi demais
E aprendi errando, já que aqui é assim que se faz
Subiu arroz, subiu feijão, subiu o gás
Brasil, quando teus filhos vão viver em paz?
Verso 3 ($tevan)
Gênio na caneta tipo um Magi, forte kazekage
Escrevo o destino, espero que o tempo não apague
Hoje me tornei mais sábio, me sinto o senhor Miyagi
Num barco de sonhos torcendo que eu não naufrague, huh
Eu sei que eu já tive pressa
Mas hoje eu descobri o arranjo dessas peças, ha
Lembro de cada conversa
Virando as letras que hoje a gente versa
Isso que faz eu não me sentir mal
Não é mainstream, não vim pra ser igual
Meu ponto de refúgio é meu caderno, meu conflito interno
Pra fugir do meu inferno astral
Isso que faz eu não me sentir mal
Mas eu nem sei se isso vai ser real
Mas cada verso meu é eterno, por isso eu me interno
Num estúdio e me sinto imortal
Antigo Caderno was written by Amaral Lector & Bruno Godinho.
Antigo Caderno was produced by Yunnin.