Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma & Cristina Branco
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Eu cheguei com o meu chapéu russo
De orelhas murchas penduradas
Sentei-me a teu lado e a noite
Era aquecida à luz das esplanadas
Os nossos olhares eram gémeos
Começámos a conversar
Numa língua da qual ninguém
Tinha ouvido falar
Somos anjos de Berlim
Dispensamos passaporte
Somos anjos de Berlim
As nossas asas têm um fim
Elas afugentam a morte
Dos gigantes da ilha de Páscoa
Aos balões da Capadócia
Nos trepámos pela Patagónia
E pelas noites de Buenos Aires
Partilhámos os mesmo lençóis
Adormecemos em Inverness
E a alvorada encontrou-nos
Poderosamente sós
Somos anjos de Berlim
Dispensamos passaporte
Somos anjos de Berlim
As nossas asas têm um fim
Elas afugentam a morte
Eu cheguei de chapéu à portenho
Que refletia a casa usada
Procurei-te no caminito
Mas tu já tinhas seguido outra estrada
Encontrá-mo-nos em Istambul
Os taxistas não sabiam nada
E arrancámos numa gaivota
Com papas de fada
Somos anjos de Berlim
Dispensamos passaporte
Somos anjos de Berlim
As nossas asas têm um fim
Elas afugentam a morte