Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil & Lanny Gordin
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Gilberto Gil & Rogério Duarte
[Verso 1]
A água benta que batizou
Contaminou o bebê
A medicina e o seu doutor
Nada puderam fazer
O desespero se apoderou
Do padre, do pai, da mãe
Foi quando então alguém se lembrou
De um feiticeiro de Ossãin
Um simples banho de folhas fez
O que não se esperava mais
[Refrão 1]
Depois, depois muitos muitos anos depois
Rapaz, aquele menino já então rapaz
Se fez um rei entre os grandes babalaôs
Dos tais, dos tais como já não se fazem mais
[Verso 2]
A água benta que ao bel prazer
Se desmagnetizou
Desconectada do seu poder
Por um capricho do amor
Amor condutor do élan vital
Que o chinês chama de ch’i
Que Dom Juan chama de nagual
Que não circulava ali
Ali na grã pia batismal
O amor deixara de fluir
[Refrão 2]
Talvez por mero defeito na ligação
Sutil entre a essência e a representação
Verbal que tem que fazer todo coração
Mortal ao balbuciar sua oração
[Verso 3]
A água benta que o bom cristão
Contaminou sem querer
A fonte suja que o sacristão
Utilizou sem saber
A força neutra que move a mão
Do assassino o punhal
E o bisturi do cirurgião
O todo total do Tao
Lâmina quântica do querer
Que o feiticeiro sabe ler
[Outro]
Fractal
De olho na fresta da imensidão
Sinal
Do mistério na cauda do pavão
Igual
Ao mistério na juba do leão
Igual
Ao mistério na presa do narval