[Verso 1]
Tentei manter o meu respeito por este bloco de som onde eu hiberno
Sofrer calado e ver primeiro, sábio nos blocos e nos cadernos
Eu vi na vida muita treta, mas preferi ficar eterno
O que vês à porta do café, eu vejo na porta do inferno
Eu vi
Exemplos que não se orgulham, desde novo, que me mantive firme
Graças à Deusa que eu trago e a Fé que ainda tá comigo
Onde tu vês filmes eu vejo fases brother
Diz me o que tu trazes
A rua, serve para aprender
Mas fica a manter os rapazes
E tu não sais
[Refrão]
Mas é quando tu sais que não sabes se voltas mais
Não conhecem o chão que pisam
Ainda perguntam para onde vais
Então
Porque é quando tu sais que não sabes se voltas mais
Não conhecem
O chão que pisam
Ainda perguntam
Para onde vais
[Verso 2]
Qual é coisa, qual é ela, que nunca devia ter comprado?
O meu destino vale quanto?
Dá me em trocado
Equilibro as leis com as regras do meu ser
Encontro um ponto de equilíbrio
Onde eu sei estar
Mas não consigo permanecer
Na cabeça tenho a fórmula que eles não querem entender
Espreitam pela fechadura, para ver no que isto vai dar
Até provar o meu valor
Mandar foder o Mundo
Pensarem que eu tou confuso
Enquanto eu vim para conquistar
Por isso eu saio
E é quando eu volto a casa, à pressa
Cansado no quarto que ainda me falta uma peça
Nesta peça de teatro onde me perguntam para onde vou
Mas isso não interessa se não esquecer quem sou
[Refrão]
Mas é quando tu sais que não sabes se voltas mais
Não conhecem o chão que pisam
Ainda perguntam para onde vais
Então
Porque é quando tu sais que não sabes se voltas mais
Não conhecem
O chão que pisam
Ainda perguntam
Para onde vais
[Verso 3]
Minha Deusa diz "Tu não ajudas"
Fraqueza a minha por brincar
Ou marcar o meu nome nas ruas
Disseram para dar orgulho
Não fazer como a quem saio
Entrar no prédio sem barulho
Sair do tédio quando cai
Passar a vida no bagaço
Olhar p'ra trás não ver ninguém
Isto não é só criar o laço
Família é para tratá-la bem
Desta fala eu sou refém
Não existo à pala de quem?
Existe o que vou fazer agora
O que fica cá se eu for alguém
Saio por vários motivos
Nada é feito ao acaso
Se eu 'tou vivo
Eu 'tou firme
Se eu 'tou vivo
Então sou livre, no meu espaço
Seduz-me a luz ao horizonte
Então eu corro antes que fique tarde
E se a minha vida é tocar nos outros
Então que seja uma obra de arte
Por isso eu saio
E se algum dia eu não voltar
Juntem tudo aquilo que eu fiz
Espero que vos vá ajudar
Tentem não escrever a giz
Para nunca se vir a apagar
Mas se um dia eu não voltar
Não foi porque eu quis
[Refrão]
Mas é quando tu sais que não sabes se voltas mais
Não conhecem o chão que pisam
Ainda perguntam para onde vais
Então
Mas é quando tu sais que não sabes se voltas mais
Não conhecem o chão que pisam
Ainda perguntam para onde vais
Então
Porque é quando tu sais que não sabes se voltas mais
Não conhecem
O chão que pisam
Ainda perguntam
Para onde vais
À porta was written by HipnoD.
À porta was produced by CHARLIE BEATS.