A Ilha

O tempo passou na ilha e o pai de família
Não se acostuma e ficou perplexo pelo
Com o estilo de vida da filha toma bebida na pilha
Fuma e sem grilo faz sexo no pelo
Não está anexo o zelo
O novo se esbalda rebelde de fralda sem saber se limpar
Se escalda, mas no fim uma par
Se julga impar nas caldas da mãe de complexo apelo
O moleque sai com artigo de luxo
Tem beque tem pó sempre com alguém só ó no perigo de bruxo
Sem breque notas de cem em leque
Rotas no bang! “clack” com o amigo gorducho
Arruma treta na sina a sineta da noite tina
Enquanto pina a lambreta com bereta na cinta
Pressinta afeta as minas ninfetas
Sem cafetinas que varam até a matina
Em petas com anfetaminas
A Água fez cercos e lucidez na ilha
Cada vez sua fluidez é como esterco
E assim se vai à idade e a vaidade
Tem talvez percorrido com estupidez e altivez, eu perco
E corro senão morro por nervos de aço
157 ta de olho no acervo que faço
Não interessa quem sou na ilha
Quando engatilha é esporro, pois sou só mais um cervo no espaço

Part.2
O crime é status creio
Saiu do cine para as ruas suas vitrines são pratos cheios
Imagine um time de rato um garoto no meio piloto
Sem freio não subestime o novato feio esperto com uma cara de mal
Encara qualquer cara certo! E quando dispara é letal
O deserto que viveu fez incerto seu destino
Que lapidara a jóia rara e cara em brutal
Na ilha mãe usa da demência quando o pai abusa da inocência da filha
Esperando que ela vá ovular
Na casa, exclusa, pede clemência em silencio
Nas drogas como válvula
De escape a realidade não vista em Skype
Puxa e tucha o cachimbo luxa com soco do kimbo
Agora verdade tem um nype hype
Enfim virou jardim o que era limbo
O sol é artificial arte oficial por pilha
E a areia o dono ladrilha ate brilha
Sem fauna só FAL na mão de quadrilhas
E do governo matam e deixam a família em manilha
Lá fora a flora não aflora a trilha das ruas
Onde carro acelera esmerilha se empilha
É urbana a guerrilha sem plano em planilha
É difícil pra fugir, pois da ilha são milhas