Nua e concreta
A realidade
Que se projecta
Pela cidade
Em cada rosto
O inadiável
É o pressuposto
Para o inevitável
Voraz motor da emoção
Que justifica o contexto
Gerador de ilusão
Tanta pressa por repetição
Somos
A promessa orgânica
A resistência
À submissão mecânica
Para a sobrevivência
Na solidão urbana
De uma clara consciência
Que complete a equação humana
Basta
De retórica vazia
De economia plástica
Ganância tóxica, fria
Pesada consequência
Mágoa que se propaga
Para nada