[Verso 1: Auge]
Quero que fiques
Quero ir embora
Dá-me um bilhete, eu saio agora sem hora para volta
Quero uma vida nova sem memória desta
Sem a foto do teu rosto e sem qualquer aresta
Quero ser desconhecido e que o teu rasto seja incógnito
Antes sem rumo do que perdido num hábito
Descabido como o espaço do silêncio no diálogo
Desmedido, é consenti-lo e ele falar mais alto
No fim, só tenho o que não disseste, o teu olhar
E desvanecer da teimosia que tentava descortinar
Ignorar não resulta
Não consigo, é fingido
Assumo e perpetuo a culpa de me preocupar contigo
E no entretanto, esqueço-me de mim
Embebedo-me, ciúme de relações que não são assim
Não quero excesso de nada
É caro o preço que se paga
O cansaço crescente de uma derrota adiada
Fazer sentido não é fácil
Se a certeza é uma dúvida
Resposta é uma, mas tem escolha múltipla
Não cedo ao medo, cedo à loucura do apego
Ao desconforto da tua ausência
É como a ela me entrego
São coisas a mais para as quais não tenho estofo
Ponho álcool no estômago
Adormeço o sufoco
(são coisas a mais para as quais não tenho estofo
Ponho álcool no estômago
Adormeço o sufoco)
Palavras não são nada
O que muda é pouco
Promessas vagas que não são pagas
E ainda pedem troco
Não estou preso ao passado
'Tou sempre preso ao presente
À exigência de um futuro
Por quem se nega seguir em frente
Não omito o desgaste
Mas quero respostas
Viro o mundo ao contrário, não viro costas
Voltei atrás mais que uma vez
Pelo que se perdeu no caminho
Fechei a porta e fui embora
Quando dei por mim sozinho, fui
[Refrão: Cálculo]
A morte não me leva a alma
Já está sem vida
A sorte sai à rua mas já não me convida
Se a luz andar à solta
Deve andar escondida
Dizes que sou nada, muito menos contigo
A morte não me leva a alma
Já está sem vida
A sorte sai à rua mas já não me convida
Se a luz andar à solta
Deve andar escondida
Dizes que sou nada, muito menos contigo
[Bridge: Cálculo]
A morte não me leva a alma
A tua ideia não me tira a calma
A morte não me leva a alma
A tua ideia não me tira a calma
[Refrão: Cálculo]
A morte não me leva a alma
Já está sem vida
A sorte sai à rua mas já não me convida
Se a luz andar à solta
Deve andar escondida
Dizes que sou nada, muito menos contigo
A morte não me leva a alma
Já está sem vida
A sorte sai à rua mas já não me convida
Se a luz andar à solta
Deve andar escondida
Dizes que sou nada, muito menos contigo
[Outro: Cálculo]
A morte não me leva a alma
A tua ideia não me tira a calma
A morte não me leva a alma
A tua ideia não me tira a calma