[Letra de “MPC47”]
[Verso 1]
Eu tenho cá milhões de rimas e flows pra gastar
E um gajo está a mandar muitos niggas a pastar
Porque pra achar que o Kappa não está a emocionar-vos
É o mesmo que ver um NASCAR, mas sem carros
Mesmo sem centavos, não me sento sem dar-vos
Conhecimento em forma de versos pesados
Rimas ultra-violetas dirigidas
Pra camada de Ozono das vossas mentes poluídas
Sou da Cérebro, label que querias ser integrante
Mas somos matemáticos, não derivamos constantes
Tu não estás a frente, estás parado há muito tempo
E é o mundo que dá voltas, tu não estás em movimento
Wis me reparam por inteiro
Não procures no vestir, o dito “swagg” está no Cérebro
E em questões práticas
Já passei o futuro, eu tou num tempo que não está na tua gramática
[Verso 2]
Rap inteligente, não é o beat que faz de mim estrela
Meu rap seria bom até com um álbum em accapella
Cansei de duplo sentido
Minhas rimas agora são como as damas, têm 6º sentido
No rap sou logaritmo, o X está em evidência
Comecei como base e em pouco tempo me tornei potência
Inventa, mas não rouba de fulanos
Se não és tu que imitas, acusa o Jay-Z de plágio
Vossas novelas não passam no meu canal
Se é pra cantar descompassado, então cantem sem instrumental
Meu álbum tá aqui, tem mão Deus na produção
E ainda assim há quem me diz que não existe perfeição, huh?
Cérebro deu-me ética
Sento sempre tão bem nos instrumentais, man, é muita etiqueta
E quanto à renovação constitucional
Incluam uma estrofe minha bem no hino nacional