O Caminho do Guerreiro

Hoje sócios em demasia, parceiros e colegas
Não quero a vossa amizade sou intolerante a avareza
Sem ódio dentro de mim, só Nirvana, vê se me enxerga
Entre a placenta de Geras, Gaia e as pernas de Astreia

Pés na estrada, hoje eu abraço a maior das causas
Tu poupa-me de sermões da merda e vá, siga a manada
Enquanto eu rasgo os céus e gero um planetoide com palavras
De um futuro onde baldrames são crianças

Sem colírios, sigo não deprimindo
Mais natural a cada brilho do Sol Invicto
Eu nunca finjo ser prodígio, trazer um som genuíno!?
Buscar suporte em livros para abalar a quem me dá ouvidos!?

Talvez eu ser arrogante não tenha valido a pena
Mas é o preço que humanos pagam pelo bullying que eu antes sofrera
Aprendo a amar este Planeta, cada grão de areia
E partilhar do mesmo ADN que a minha mãe terrena

Saudades de Morphia e a Ilha de Kalaline
Incubar o Sarosh Aanisan e reviver o Alldreams
Adaptar-me a espécie humana e esconder o melhor de mim
Fingir ser saudável mesmo com coração de vidro

Hoje eu vivo só, não solitário, solidário
Entre ambíguos, não amigos, pois não quero dispensá-los
Viver sem competições, não quero enfrentá-los
Nem lados ter de escolher quando a ganância vier testá-los

Só quero batidas, sentir que respiras
Enquanto evasiva, teu "bumbum" me excita
Só quero ouvi-la, entre várias discerni-la
Enquanto me incita, acirra a restringi-la

(Sarosh) está morto, quero é viver a tempo todo
Sair deste sufoco logo, rap já não dá conforto
Evitem o confronto, metade do pessoal está louco
Desesperados por holofotes, sintam a arte como um Griot

And Graph, Lord Bush, Misantropia
Não há adaptação fora de Oniris e Morphia
Mas ainda há oxigénio onde o estilo é classicista
E um génio mal disposto esperando que o underground viva

Uólofe sente o loop, o habitat destes reles
Onde meu sangue esfria e a hipotermia ascende
Não é complicado, basta querer para me entender
Me receber de braços abertos pra que eu tenha aonde morrer

E nestes espólios vou para Zion (8X)