Intro [”Rascunhos”]

[Verso]
Yo!
Faminto de fama, minto: isso difama
Da fauna e da flora, sou [?] e lótus — flor que nasce da lama
Chama no fogo da boa vontade, coragem e vontade de seguir
Pra queimar a tristeza da cena pesada que rouba o sorrir
Quero te ver se divertir, amiga, amigo
Querem te ver divertir os amigos
Rachando o bico dos bicos que te racham no meio
E implicam com a gestante que alimenta com o seio
Ha! Tem que ter peito pra matar essa bola que o mundo chuta
Tanta labuta, chibata; eu tô de bata na luta
E, às vezes, me sinto um vira-lata de luto
Sem ração, sem razão — lógico, né, seu puto?
Cachorro não pensa, e é assim que te tratam
Te açoitam, se escondem na moita e depois te matam
Que me matem, mas que, em cima de mim, não montem
Eu vim de uma cidade que chamam de Belo Horiz-ontem (ha!)
Mas é aí que você se engana
A gente esgana com a gana
Pra curar a gangrena, a gente engrena até sem grana
Mas chega de comer grama — touché!
Na esgrima da rima
Rascunhos de um momento conturbado
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