Estou além sono, num sonho de papel, fio de ópio, sombra chinesa tatuada no céu
Hoje não me apetece ser do contra, uma enfant terrible
Quero apenas os novos códigos, quero apenas entrar e participar
Cruzar-me num sonho que seja possível para ambos
És o meu Anjo da Guarda e eu dou-te trabalho...
Tu és o meu "Homem-Livro", o meu agasalho:
Que lê para mim todas as noites, que me levanta sempre que caio
Como eu gostava de retribuir. Como eu gostava de aprender a pedir
Quando as palavras não dizem o que somos
A cidade está submersa numa manhã chuvosa
Pântanos e dinossauros tomam de assalto as avenidas
A menina tem insónias e só às vezes dorme
Desaparece e acorda com fome e acorda com fome
Esta é a minha nova dor. Diz-lhe olá, não a faças esperar
Quando as palavras não dizem o que somos
Gastamos em tinta o que prometemos em sonhos
Quando as palavras não dizem o que somos
Oh! Meu Anjo da Guarda, eu sei que te dou trabalho
Eu e tu somos iguais... eu queria tanto fazer-te feliz...
Não esperes que eu consiga mudar da noite para o dia