[Verso 1: Puro L]
Sente a sebenta de um puro da colheita dos noventa
Erguido pois quem sente não se senta
Por mais que a minha música não venda
Não vivo dessa agenda logo tudo o que surge sabe a prenda, não renda
Vontade de fazer pelo movimentua, verdade é que esse amor raramente me cumprimenta
Saudade é bem maior pelos tempos de antigamenta
Cena era mais contida, cena era mais sentida mas
Não perco a fome pelo o que me alimenta
Dar-te a motivação para te tirar dessa tormenta
Mantenho esta postura e vais vê-la na vestimenta
Pulseira ainda aparece embora um pouco ferrugenta, nah
Não dá para matar sebenta placenta tou-me a ver a rimar para os netos já nos meus setenta
Sem a pressão de fazer o que a chavalada senta
A cena é tu seres tu próprio e abanares a cabeça
[Refrão: Puro L]
Bounce, bounce, bounce, bounce
Eiyo c'mon bounce, bounce, bounce, bounce
[Verso 2: Puro L]
Nada é tão bom como sentir que algo é tão bom
Ao ponto de o confessar num som
Pra mim é o compromisso de entregar palavras no tom, bom, pra eles é chamon
Agora a sério deixar o palco em cactos não é mistério
Sem cometer qualquer impropério
Mas visto que o historial é um pretérito
Não vou deitar-me à sombra à espera que a glória adormeça ao meu mérito, nah
Eu não virar um clássico não dá
Quem reconheça a atitude dos reais sempre haverá
Minha meta é mais real que a de Madrid Massamá
Vim pra ficar marcado como a queda de Bagdad
Tou com os feelings que pouca gente sente
Dicas do tempo de cagar pra toda a gente
E se às voltas anda ao tempo então o que eu faço
Há de bater lá para três mil e troca o passo
[Refrão: Puro L]
Bounce, bounce, bounce, bounce
Bounce, bounce, bounce, bounce