[Letra de "Arqué"]
[Verso 1]
Assimilo o 5º chakra, expressividade invade a
Sequência de algoritmos que premeditam cada falha
Relógios erguem-se, perdem-se horas vagas
Uns poucos crescem, outros muitos param
Incongruentes a ponteiros - marinheiros de águas calmas
Com palmas rugosas, fogosas, marcadas..
(Eu) Masoquista ao ponto de andar em brasas
Viajei pelos ponteiros como se os mesmo fossem barcas
Vi aquela fotografia, bela, linda
Tu com um vestido azul - cor de maresia
Vi a tua face, o sorriso era rasgado
De ponta a ponta do teu rosto composto (como se fosse inato)
Por uma caricia executada pelo tato
Eu vi a nossa luz mesmo neste meio opaco
Vivi na tua sombra, penumbra que me rouba
Um vazio que por uns belos anos fora macabro
Éramos ingénuos, aleatórios
Com alguns desejos eternos um pouco contraditórios
Os teus olhos - auditórios de plateias límpidas
Típicas de gente com a tua expressão física...
Foste cale, nas paredes que cobriam
O meu teto, com ouvidos de cerâmica por perto
Pintei tanto quadro sem saber que era certo
E hoje deito-me com remorsos sem saber se me interpreto
[Refrão]
Entrelaça a tua mão na minha
Querida vamos descobrir o que não sei ainda
Passeando nesta praça olha como o sol brilha
Aproveita pois tudo o que nasce finda
Entrelaça a tua mão na minha
Querida vamos descobrir o que não sei ainda
Passeando nesta praça olha como o sol brilha
Aproveita pois tudo o que nasce finda
[Verso 2]
Eu partilhava-te um cigarro, partilhava-te o meu maço
O teu perfume era lume para o meu fracasso...
Foram tardes tontas, umas noites de embaraço
Manhãs frias eu previ-as muito antes do seu prazo
As nossas silhuetas eram prosas manuscritas
Pintadas por Van Gogh num campo de tulipas
Fumadas pelo Bob, até só restarem cinzas
Levadas pelo pó pois tudo o que nasce finda...
"(Pois tudo o que nasce finda...)
Até a árvore mais forte tombará naquela esquina...
(Pois tudo o que nasce finda...)
Até a árvore mais forte tombará naquela esquina..."
Entrelacei cada dedo em cada teu sereno
E cada "eu" serei onde cada eu pertence
Contigo muito eu sonhei quando acordei intenso
De incenso aceso na cabeceira libertando o excesso
Tenso. A tua energia foi um escombro
As luzes da cidade combatiam o seu "como"
Foste a pedra de poleca incinerada pelo sonho
Misturada com ternura, voa livre pobre pombo
A tua energia foi um escombro
As luzes da cidade combatiam o seu "como"
Foste a pedra de poleca incinerada pelo sonho
Misturada com ternura, voa livre pobre pombo
[Refrão]
Entrelaça a tua mão na minha
Querida vamos descobrir o que não sei ainda
Passeando nesta praça olha como o sol brilha
Aproveita pois tudo o que nasce finda
Entrelaça a tua mão na minha
Querida vamos descobrir o que não sei ainda
Passeando nesta praça olha como o sol brilha
Aproveita pois tudo o que nasce finda