[Letra de “À Palavra”]
[Intro]
Talvez ninguém saiba, eu sei
Yeah, yeah
[Refrão]
Hoje vou limpar o roupeiro (Yeah)
Viver no escuro, toupeira (Yeah)
Essa tua Luz eu tapei-a (Yeah)
Só dou à Palavra o que eu vejo (Yeah)
Só dou à Palavra o que eu sei (Yeah)
Só 'tou a abalar o que houver (Yeah)
'Tou fora da Arca, Noé (Yeah)
E 'tou na balada com bués
(Sei onde é o Norte, é caminhar)
Troco a night pelo day
(De preto como a morte, a combinar)
Hm, não há nada que odeie
('Tou a viver a sorte do herói)
Vim te soltar dessa cadeia
(Um novo capítulo da História)
[Verso]
Sangue na faca, sou um pária quase
Tanto mano na foto que passa com falsa face
Nem um Santo sufoca na fossa que não faça caso
Só que eu 'tou noutra moca com o passo ao Paradise
Como é que me puseste na Terra?
Eu sou uma fera, um monstro, um phantom
Já te disseram que essa merda foi um crime, Pai?
Eu vou foder a perna na corrida, tanto esperma nessa vida
O ventre dela espera um creampie
E se ela não se vier, eu dou-lhe a dick again
O finger mete-se, a língua mexe
E ainda lhe cuspo um sick fire
Aí derrete-se, nunca apresso, pés na maratona
A pressa não compensa
Vi que quem vai no sprint, cai (Levanta-te e anda)
Deus certificou-me, I’m a certified G (Gang gang)
Só Ele sabe o meu nome, Prof e Mário é daqui
Se 'tá lit eu sou o lume, faço cinza do beat
Eu sou o meu aluno, e deixo o sumário 'pa ti
Eu não falo à toa, nem que a voz me doa
Cabeça na coroa, perfect fit
Um beto de Lisboa, vê como é que eu 'tou a
Cuspir a lagoa da cor, que quero que fique
White como a coca, o meu lema é go hard
Lutar como o Gohan até que o cérebro frite
Igual a mim não há, linguista com o Noam
Devo ser uma boa, aperto, espero, pito
"'Pa' que é que falas de dinero se noutra era não era assim?”
Mano eu fiz o jogo do sério co' Devil e não sorri
Aprendi que a vida custa, só que não custava a mim
Vivia da guita dos cotas e só queimava weed
Pensava que era woke mas juro 'tava a dormir
Num coma profundo vindo do fumo duma king
Não fiz pelo mundo, nem pelo outro, nem por mim
De consciência tranquila "a culpa não pode ser minha”
Culpava o Polvo pelo Mal do Mundo
Achava que o Povo era lavado
Culpava as empresas pelo fumo
Montado num carro com um cigarro, you get me?
Vi que a minha mão 'tá ligada ao meu corpo
Que 'tá ligado à minha mind, que 'tá ligada à minha soul
Que 'tá ligada ao Nosso Pai, que 'tá ligado no Todo
Então se jogas na life tens sempre a mão no controlo
[Refrão]
Hoje vou limpar o roupeiro
Viver no escuro, toupeira
Essa tua Luz eu tapei-a
Só dou à Palavra o que eu vejo
Só dou à Palavra o que eu sei
Só 'tou a abalar o que houver
'Tou fora da Arca, Noé
E 'tou na balada com bués
À Palavra was written by ProfJam.
À Palavra was produced by Lhast.
Profjam referiu numa entrevista no Rimas e Batidas:
A primeira faixa é o “À palavra”, é o intro do álbum. Tento basicamente impor a mood, o landscape do imaginário e temático do álbum. E acima de tudo é uma explicação do… Uma espécie de mudança a nível de mentalização de que a minha acção é a coisa...