[Verso 1]
O céu azul aqui também escurece
Como cê sabe, nem tudo é o que parece
Na rua plana em que a mente sobe e desce
Pensa-se tá na hora de uma prece
Preso na solidão por opção na prisão
Que sozinho criou um covarde
Ou alguém que desafiou
Leis e regras que um homem criou?
Regras que um homem criou?
[Verso 2]
A milhão indo na contra-mão
Devido isso não dorme a uns dia
Alto consumo de porcaria
Enquanto a louça cresce na pia
E o cinzeiro vira um castelo de cinzas
Uma alma, uma aposta, uma vida
Sobe num elevador em busca da fonte
Se não virar, volta pro 12
Volta por 12
[Verso 3]
3 da manhã em algum lugar
Tem fogo na rua e atiraram pra matar
Drogas, vem via cais, perigo aos pais
E alguém aqui jaz
Mas nasce esperança em forma de criança
Mudando algo, onde não tinha mudança
Glória, foco, antes do óbito
Sem precisar ter o diabo de sócio
[Outro]
Ai, irmão, agradece ai pelos bagulho que cê mandou
Logo menos tô encostando ai na quebrada também, tá ligado?
Voltei no semi-aberto ai, manda um beijo pra mãe, pra vó, pra família ai
Cê tá ligado né moleque, agora cê é o homem da casa ai, tá ligado?
É, pode pá que é noiz, se precisa ai é só encosta lá nos menino lá que a ferramente ta encima
Tô trancado mas é daquele jeito ainda, o corre é o mesmo
Firmeza, moleque, fica com Deus ai e um abração