Antes da Música

[Verso 1]
Antes da música, as coisas acontecem
Eu canto por achar que todos fazem
Pelo motivo que faço
Por amor e esforço, todos chegamos a ser eternos
Até ao ponto em que nos limitamos a ser servos
Vão-se os velhos tempos, passeios de mão dada com a vida
E uma cara ferida com vergonha de encarar mentiras
Oportunidades têm validades sujas
Ou lacunas num acordo que assinas de mãos juntas
E ao proibir desejos, o desfecho é algo óbvio
Comprova-te que ao falhares estás a magoar um próximo
Ainda o confundo sem saber o mesmo sítio
Posiçõеs perante estilos dе vida que não evito
De um modo impressivo vou-me mostrando a mim mesmo
Que sobreviver é ter como viver por um tempo

[Refrão]
A presença está naquilo que procuras
Umas vezes mais perto, outras vezes mais longe
A certeza está na forma como educas
Os que vivem ao teu lado e fazem o que és hoje

[Verso 2]
Depois da música, as coisas complicaram-se
O tempo agora é escravo de uma inércia
E quantos dias sem gana
[?] alguns singraram e eu mantive-me atento
Nem sempre achei alento
No que invento
E era assim que ia escrevendo
Sem razões ou motivos para sentir falta
De correr o mundo e voltar a casa com uma mala
Talvez seja a inspiração ou algo próximo do declínio
A ambição de ser um ótimo indivíduo
A profissão que fez de mim perfecionista
Um investimento lento sem talento motorista
A passagem de outros mundo paralelos
Nos quais vejo algum reflexo
Penso, ouço, observo