A Revolta das Colheres de Prata

[Verso]
Arrasta-te lesma, se o fizeres piso-te á mesma
Esta capa dá-me poderes para ter prioridade á mesa
Nunca quis novos amigos, tenho os meus e já me chegam
Nem quero ter novos chefes, tão novos e já ordenam
Nunca segui massas, eu vejo o mundo inteiro torto
Mas hoje saio á caça e trago o hugo ernano morto
Não ha policias bons nem os que combatem o crime
Porque o crime foi inventado para proteger o regime
Só que eles têm pistolas tu tens a colher de pau
Que nao te vai salvar na hora em que aparece o lobo mau
De colheres percebo eu e as melhores são as de prata
Sacode-me essa nafta, hoje a praxe é diferente
Reune a tua mafia, sente o meu diferendo
Diz de frente tudo aquilo que tens no teu pensamento
Sou drogado? Tens razão! Malcriado? Tens razão!
Mas se preciso de humilhar dispenso a vossa educação
Pinguins a boiar para mim é pura diversão
Quem me dera estar no meco e nem sequer estender a mão
.. Sinto o sabor da vitória final
Masturbo o clitoris penal e tenho orgasmos de justiça
Odeio o bairro alto mas caminho para lá
De cara tapada mais a minha milicia
(..nao me sentia tao excluido deste o tempo da melissa!)

Vamos tentar fazer isto de uma forma académica
Vejo o dux e nao resisto, duas menores e uma médica
Com grogs e médias, sem saberem o mundo muda
E o trajado dá inicio a uma seduçao mutua
Esmago-lhe a cabeça com uma cadeira..
(Não é a primeira que te fode filha da puta!)
Abre garrafas, abra cadabra
Garganta profunda e vai ter com abraxas
Espeto-o na língua.. (E puxo-a!)
Mal sabiam eles o quanto a praxe ia ser dura
E fura, fura até sangrar..
Sangue na garganta até não respirar, ah..
Exalto-me um pouco
Tomo um hexágono e um porro enquanto olham incrédulos
O futuro do povo só de uma parte do espectro
A quem o sistema controla e rapta o cerebro
Toca a vomitar esse reizinho na barriga
Eu venho roubar-lhe o ceptro e rasgar-vos as virilhas
Não me interessa se estou certo ou de quem voces sao filhas
A forca é igual, gravatas ou fitas
Eles olham para mim e começam a fazer o haka..
Nao aguento mais isto tenho de recorrer á faca

E eis que pego na faca...
.. e corto-me na vertical