Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Não consigo dormir
Perdi a noção do tempo
E sinto fogo a alastrar nos meus pulmões
Teria valido a pena
Se ao menos os que eu vi partir
Calados, perdidos, exaustos
Conseguissem encontrar o que resta da verdade
Noites longas de aventura
A rir e a ferrar a brasa da loucura
Nos olhos da razão
Deixem voar este sonho
Não me venham mais bater à porta
(Sou o vizinho de baixo
Há barulho demais
Ora eu quero dormir
Isto tem que acabar
Mas quando é que isto acaba)
Ainda vais lixar
As reuniões do senhor doutor, hã
Se alguma vez pudesses ver
O que eu, sem querer, via em ti
Aqui neste cristal
Há um estranho mecanismo
Que num dado instante no faz perceber
Que o homem fracassou
Como um rio cuja água secou
Antes de ter alcançado o mar
Aqui em Nuremberga
Eis as forcas da justiça
É estranho, em vez das cabeças que o homem condenou
Estou a ver a terra inteira
Balançar em frente de mim
Não consigo dormir
Perdi a noção do tempo
E sinto fogo a alastrar nos meus pulmões
Teria valido a pena...
Aqui neste cristal
Há um Mundo de certezas
E as dúvidas ficam a ver-nos passar...