[Verso]
Ey, esse mundo é pouco pra mim
Sua grana, sua jóia, esse jogo é pouco pra mim
O que vocês têm pra oferecer é pouco pra mim
Sou o elo de interseção entre o passado e o futuro
Quem sabe pro que veio não para no meio, só no fim
Sem se ludibriar, parça, o rap é drible
De quem empunhou a caneta em vez de empunhar um calibre
Equilibrando ódio, tristeza, saudade e dor
Entre as verdade' do universo e as conta' pra pagar
E pra se manter dе pé, a fé é o maior talismã
Xamanismo ou candomblé; de Ganesha a Iansã
Sua reprеssão não me intimida, já não somos como antes
Alotróprico igual carvão, sob pressão vira diamante bruto
Extraia a força da sua raiva, maloca
Meu punho cerrado é resistência, mas também troca
Aliás, há mais um fato a considerar nesse relato
Devia me agradecer, podia te matar e não mato