Chico César
Chico César
Chico César
Chico César
Chico César
Chico César
Chico César
Chico César
Chico César
Chico César
Chico César
Chico César
Chico César
Chico César
Os olhos tristes da fita
Rodando no gravador
Uma moça cosendo roupa
Com a linha do Equador
E a voz da Santa dizendo
O que é que eu tô fazendo
Cá em cima desse andor
A tinta pinta o asfalto
Enfeita a alma motorista
É a cor na cor da cidade
Batom no lábio nortista
O olhar vê tons tão sudestes
E o beijo que vós me nordestes
Arranha céu da boca paulista
Cadeiras elétricas da baiana
Sentença que o turista cheire
E os sem amor os sem teto
Os sem paixão sem alqueire
No peito dos sem peito uma seta
E a cigana analfabeta
Lendo a mão de Paulo Freire
A contenteza do triste
Tristezura do contente
Vozes de faca cortando
Como o riso da serpente
São sons de sins, não contudo
Pé quebrado verso mudo
Grito no hospital da gente
Iê iê iê, iê iê iê
Iê iê Iê, iê iê iê
Catolé do Rocha
Praça de guerra
Catolé do Rocha
Onde o homem bode berra
Catolé do Rocha
Praça de guerra
Catolé do Rocha
Onde o homem bode berra
Bari bari bari bari
Tem uma bala no meu corpo
Bari bari bari bari
E não é bala de côco
Bari bari bari bari
Tem uma bala no meu corpo
Bari bari bari bari
E não é bala de côco
Catolé do Rocha
Praça de guerra
Catolé do Rocha
Onde o homem bode berra
São sons, são sons de sins
São sons, são sons de sins
São sons, são sons de sins
Não contudo
Pé quebrado, verso mudo
Grito no hospital da gente