​Seguindo a tradição familiar, Éliton Nascimento estudou piano durante a infância e adolescência. Essa base contribuiu para que ele se apaixonasse pela música e a transformasse em propósito de vida. Na igreja o seu talento foi potencializado. Em 1994 se envolveu, de fato, com o hip hop. Baterista de um grupo de rap (JC rappers) formado por amigos, o futuro MC foi descoberto (“ocasionalmente”) pelo Dj TR. No improviso, L-TON fez sua primeira rima em cima de uma base do Heavy D & The Boyz.

Incentivado, L-TON se reuniu com seus irmãos e criou o R.E.P (Radicalizando, Evangelizando, Politizando). As primeiras apresentações foram na unidade da Funabem, em Quintino, no Rio de Janeiro. Das batucadas junto aos internos, o R.E.P se tornou o pioneiro do rap gospel no Rio. Em 2007, o grupo, composto por L-TON e Dj W, lançou seu primeiro álbum, “Proceder”. Fez história. O single “Mão Pra Cima” virou hit, sendo tocado em clubes e até nas rádios seculares. No mesmo ano, o LP foi indicado para o Troféu Talento, então a mais importante premiação da música gospel, e ao Prêmio Hutúz na categoria de “Melhor Álbum de Rap / Hip Hop Gospel da América Latina”.

No final de 2009, L-TON iniciou carreira solo com a mixtape “Solo”. Já prestigiado na música cristã urbana, e assinando diversas produções musicais, ele fez grandes parcerias e dividiu palco com renomados artistas do rap brasileiro. Independente, L-TON continuou ascendendo. Em 2010 iniciou a “Vôo Solo Tour”. Fez shows em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro (capital), Região dos Lagos (RJ) e Baixada Fluminense.

Após quase dois anos de preparação, L-TON estreou seu primeiro disco oficial em 2012. Intitulado “Próximo Nível”, o projeto também se destacou. Novamente, o MC quebrou paradigmas. Saiu do tradicional. Ao rap, ele inseriu rock e EDM. Os experimentos chamaram a atenção. Mas L-TON queria mais, fazer música pela música e atingir outros públicos com a sua arte. Decidiu buscar novas experiências. Em 2015 foi passar uma temporada nos Estados Unidos.

Ao imergir na cultura estadunidense, L-TON adquiriu um conhecimento que, talvez, de outra maneira não conseguiria. Durante os quase 2 anos que viveu na América, ele evoluiu. E não foi somente no quesito artístico.

O know-how absorvido gerou mudanças. De volta ao Brasil e decidido a compartilhar todo o aprendizado, L-TON produziu o EP “Lado B”. Nas palavras dele, “um retrato do que vivi e de como convivi com a Graça de Deus versus meus conflitos nesse tempo”. Iniciando mais uma etapa da vida do artista, o trabalho trouxe novas sonoridades, principalmente brasileiras. E abriu novas possibilidades.