Em 1992, sob o alter ego Despe & Siga, alguns dos membros dos Peste & Sida dedi­cam-se a uma carreira paralela, centrada na in­terpretação de versões «livres», em português, de alguns clássicos da história do rock'n'Roll. O local onde tudo começa para esta carreira paralela é o Bar BBB, na Costa da Ca­parica. Em 1994 editam pela BMG o álbum de estreia onde participam os músicos convidados Gui (saxofone) e Sandra Baptista, dos Sitiados (acordeão). As criticas foram entusiásticas, tal como a resposta das rádios e do público.

Em 1996, a banda regressa ao estúdio para gravar o segundo álbum já sem João San Payo, que deixa o grupo. Editam Os Primos, álbum onde juntam temas originais a algumas versões. O som es­tá inundado por ska e dub, num contraste evi­dente com anteriores gravações do grupo, que agora assume uma imagem na linha das fotos da etiqueta 2Tone de finais de 70. Nas entre­vistas de promoção, assumem o final definitivo dos Peste & Sida. O primeiro single promocional, “Sempre em Pé” inunda o éter. Em Junho lançam o segundo single promocional é “Tou Bom”, canção com uma letra expressamente escrita para este disco por Sérgio Godinho. Em Fevereiro do ano seguinte é anunciada a edição de um novo single “Quero Que Tudo Vá para o Inferno”, numa versão diferente da do álbum Os Primos, subintitulada “Rei Ska”. É anunciada também a edição de um vídeo de longa duração do gru­po, o primeiro da história da música portugue­sa, realizado pelo fotógrafo Pedro Claúdio. O vídeo conta a história de “Os Primos”.

[in ENCICLOPÉDIA DA MÚSICA LIGEIRA PORTUGUESA]